sábado, 20 de abril de 2019

JESUS: O JUDEU PALESTINO

Quando lemos o Novo Testamento da Bíblia, fica claro, sem qualquer dúvida, que Jesus era judeu.
Era filho de judeus, aprendeu hebraico, pois os evangelhos o apresentam lendo as escrituras sagradas dos judeus quando se reveleu como messias em Nazaré, e falava o aramaico, língua falada pelos judeus de seu tempo, desde os tempos de cativeiro na Babilônia.
Quando Jesus nasceu, por volta de 7 a.C., já não existia o Estado de Israel, pois este havia perdido a sua identidade quando os romanos invadiram e anexaram seu território, em 63 a.C.
Jesus nasceu, portanto, em um país dominado, ocupado há décadas por estrangeiros. Sua mãe já nascera sob o domínio romano.
Não existem registros sobre o pensamento e o comportamento de Jesus em relação a essa ocupação romana antes dos 30 anos de idade.
Todavia, os evangelhos registram que ele não se incomodava com o domínio romano, que não se negava a pagar os impostos aos romanos, que não os odiava, e inclusive que ele ajudava os romanos que o procuravam, e ensinava a todos a perdoar e a amar os inimigos, e os romanos estavam entre esses inimigos.
É como se Jesus tivesse vivido na Polônia ocupada pelos nazistas ou pelos soviéticos e não lutasse contra os invasores, e ainda os ajudasse em caso de dor, doença, sofrimento, e ainda pregasse o amor dos poloneses aos nazistas. Ou como se ele tivesse vivido na França ocupada pelos nazistas e fizesse o mesmo.
Jesus jamais seria membro da resistência francesa ou polonesa! Ele era um pacifista de verdade, e no seu maior grau possível!
Jesus não era um judeu fanático! Ele jamais mataria um romano, ou um não judeu qualquer, apenas por não ser judeu!
Como os romanos passaram a denominar a região de Israel de Palestina, Jesus ao nascer era um palestino, na ótica dos romanos.
Então, Jesus era, a um só tempo, judeu e palestino.
No entanto, ele ajudava romanos, ajudava samaritanos, que não eram judeus, ajudava fenícios, que não eram judeus, como quando estava em Tiro, cidade da Fenícia.
Jesus era um cidadão do mundo!
Ele não se prendia a religião, não participava de discussões políticas, não incentivava a luta de libertação do domínio romano.
Jesus pregava a paz, o amor, o perdão, a reconciliação, e isso não tinha limites raciais, culturais, linguísticos, nacionalistas, etc.
Se Jesus vivesse hoje em Israel, pregaria a paz, a união, o perdão e a reconciliação com os palestinos, jamais a luta armada, a desunião. Se vivesse na Faixa de Gaza, pregaria da mesma forma a paz, a união, o perdão e a reconciliação entre judeus e muçulmanos, entre palestinos e judeus, pois todos são igualmente seres humanos, e religião, etnia, nacionalidade ou qualquer outra diferença não pode afastar as pessoas, não pode levantar muros entre as pessoas, não pode servir de pretexto para separar, isolar, dividir, discriminar, muito menos para lutar e matar pessoas.
O que Jesus pregou, se tivesse sido acatado, acolhido, absorvido em seu tempo, na Palestina, por todas as pessoas, teria evitado o massacre romano no ano 70 d.C., que se deu após o início da revolta dos judeus no ano 66 d.C.
O orgulho dos judeus, que não aceitavam a dominação romana, levou à extinção do Estado de Israel no século I da Era Cristã.
Jerusalém foi cercada durante um ano, e então invadida no ano 70 d.C. pelas tropas romanas comandadas por Tito, após o povo sofrer imensa fome, e grande parte da população foi morta, e os sobreviventes foram vendidos como escravos e espalhados pelo mundo romano. Foi a chamada Diáspora, ou dispersão.
Israel acabou ali, e só voltou a existir novamente como nação em 1948, após a sua criação pela ONU. E isso só aconteceu por causa do holocausto que era recente, e que sensibilizou as nações que integravam a ONU.
Se os judeus do tempo de Jesus não tivessem lutado contra os romanos, Israel nunca teria deixado de existir, nunca teria havido o massacre de Jerusalém em 70 d.C., e talvez nunca tivesse ocorrido o holocausto no século XX.
O Egito foi dominado pelos hicsus, pelos gregos comandados por Alexandre, o Grande, pelos romanos, pelos muçulmanos, pelos franceses com Napoleão, pelos ingleses, e nunca deixou de ser chamado de Egito!
O Egito nunca acabou! Está lá até hoje! Da mesma forma a Grécia! E tantos outros países foram invadidos, conquistados, dominados, como a Índia, ou como a Polônia, e não perderam a sua identidade.
A religião e o apego excessivo a ela, e o fanatismo religioso, levaram à destruição de Israel no século I.
O apego à religião fez os judeus espalhados pelo mundo retornarem ao seu local de origem, mas a um custo elevado.
Já houve duas guerras, uma iniciada logo após a criação do Estado de Israel, em 1948, quando diversos países vizinhos, todos com população muçulmana, atacaram Israel, e outra em 1967, com a mesma situação.
Israel nunca teve paz desde sua criação em 1948!
Hoje é um país em permanente alerta, sempre atacado, e prestes a atacar o Irã, que representa para ele uma ameaça real, mas o que provocaria uma guerra na região envolvendo vários países muçulmanos, e que poderia levar o mundo a mais uma guerra mundial.
O que Jesus pregou naquela região há 2 mil anos era suficiente para se ter na região um povo unido, pacífico, irmão, sem fanatismo religioso, e sem guerra ou risco de guerra.
Aliás, se a humanidade toda tivesse já absorvido os ensinos de Jesus, nenhuma guerra teria existido desde sua passagem pela Terra.
Não teria havido a Primeira Guerra Mundial! Não teria havido a Segunda Guerra Mundial, que matou 60 milhões de pessoas!
O mundo já poderia estar vivendo em paz há muito tempo, sem guerras, sem disputas territorias, sem matanças e “limpezas” étnicas, como a que ocorreu na Bósnia, e com fraternidade, mais solidariedade, e resolvendo todos os conflitos com o diálogo.
O mundo precisa ler mais as mensagens e os ensinamentos de Jesus, pois nenhum outro profeta, filósofo, líder religioso ou político nos deu melhores elementos para vivermos em paz, para nos reconciliarmos com nossos inimigos, para perdoarmos o nosso próximo, e para vivermos em paz, como irmãos.
Hoje judeus e palestinos brigam, se odeiam, se matam, matam inocentes, por causa de excessivo apego a terra, a nação, a nome de nação, a religião, etc.
Palestinos e judeus, muçulmanos e judeus, israelenses e palestinos, etc., são denominações que já poderiam ter desaparecido.
A única solução verdadeira e eficaz que vislumbro para a região e a chamada questão palestina consiste em as pessoas aceitarem as diferenças, aceitarem os outros como iguais, abrirem mão do apego excessivo a nação, a nome de nacionalidade, talvez dando um novo nome a um estado único na região, não sendo nem Israel nem Palestina, e todos passando a viver como irmãos no mesmo território, com respeito mútuo, com fraternidade.
Judeus e muçulmanos vivem sem luta em muitos países!
Hoje, católicos e protestantes vivem tranquilamente pelo mundo, nem parecendo que um dia existiu a Noite de São Bartolomeu, com o massacre dos huguenotes na França, quando cerca de 30 mil protestantes foram massacrados na França, em uma única noite, por causa de religião, e eram todos cristãos.
Durante a Reforma protestante, na Alemanha, mais de 100 mil pessoas foram mortas, e eram igualmente cristãos matando cristãos.
Na Índia, após a independência, em 1947, hindus e muçulmanos que antes viviam como amigos passaram a massacrar uns aos outros. E precisou separar uma parte da Índia para que os muçulmanos fossem viver separados, nascendo assim o Paquistão, e até hoje há mortes na fronteira entre os dois, que se tornaram inimigos. Tudo por religião.
No Iraque, sunitas e xiitas, todos muçulmanos, estão se matando desde que Sadam Russein caiu.
Quantas guerras, quantas revoluções, quantas limpezas étnicas já existiram desde que Jesus viveu entre nós?
Tudo isso poderia ter sido evitado!
Ainda há tempo! Ainda podemos mudar a face do mundo!
Basta aceitarmos a ideia de que somos todos filhos do mesmo Deus, ou que somos filhos da mesma Terra, marinheiros do mesmo barco, e que não precisamos lutar, matar, por causa de religião, por causa de terra, de água, de comida, de nada. Não precisa ninguém dizer que é cristão! Nem precisa ir a igrejas cristãs. Basta absorver os ensinos que uniriam os homems!
Se passarmos a nos ver como irmãos, a sermos mais fraternos, mais solidários, saberemos dividir melhor os bens, aliviar as dores uns dos outros; saberemos nos reconciliar quando houver conflito, sem precisarmos recorrer às armas e causarmos a morte de milhares ou milhões de pessoas.
Precisamos aprender a ser humanos, como diz um irmão meu, e sermos humanos mais evoluídos.
O mundo pode, sim, ser um bom lugar para viver, um mundo de paz, de solidariedade, de felicidade.
Utopia? Por que não sonhar com um mundo melhor?
Podemos, sim, transformar a face da Terra!
Podemos fazer da Terra um mundo melhor para viver, com menos sofrimento, sem guerra e sem fome, sem crimes.
Tudo depende de nós, apenas de nós!
A fórmula? Jesus já nos deu, há 2 mil anos!
Basta agora aplicarmos a fórmula, acreditando que pode dar certo.

L.R.Mattos

quarta-feira, 10 de abril de 2019

*Os evangélicos garantiram a vitória de Hitler na Alemanha.*

 Por Hermes Fernandes, pastor


Não é a primeira vez que líderes evangélicos apoiam o fascismo. Dentre os 17 mil pastores evangélicos que havia na Alemanha, nem 1% se negou a apoiar o regime nazista. Protestantes ouviram seus líderes insistindo que cooperassem com Hitler.
A primeira maioria absoluta conseguida pelo Partido Nazista nas eleições estaduais aconteceu em 1932 em Oldemburgo, um distrito em que 75% da população eram protestantes. Nacionalismo, anti-comunismo e ressentimentos contra a comunidade internacional devido a tratados punitivos durante a Primeira Guerra Mundial também influenciaram as decisões dos protestantes e católicos.
A vasta maioria dos que elegeram Hitler eram Evangélicos. Luteranos, batistas e outros movimentos chamados “cristãos” liderados por clérigos (pastores, reverendos, diáconos) que só foram ver a tolice que tinham feito quando suas mãos já estavam sujas de sangue de judeu.
De acordo com o Censo de 1934, os evangélicos ou protestantes foram na realidade os principais responsáveis pelo sucesso na eleição de Hitler. Pastores e Reverendos elogiaram o desempenho do Governo de Hitler “pelo papel desempenhado a favor das crianças e dos desempregados, pela atual administração [nacional socialista]”. Na Alemanha as igrejas protestantes luteranas e reformadas apoiaram e foram cúmplices do nazismo.
Adolf Hitler disse que “Por meu intermédio, a igreja Protestante poderia tornar-se a igreja oficial, como na Inglaterra“. O líder batista F. Fullbrandt fez grandes elogios a Hitler e ao nazismo. Ele disse que “ninguém se opôs ao dilúvio da descrença que ameaçava o bem estar da Europa e de todo Ocidente igual a Hitler e os apoiadores do Nazismo” (BWA, 1934).
Afirmou também que Hitler ao lidar com o Bolchevismo (COMUNISMO) deu um belo exemplo que “envergonhou as igrejas”, e que “Hitler fez o que a Igreja deveria ter feito a muito tempo”(BWA, 1934).
Observe o caso do Pastor Batista John W. Bradbury, de Boston, Massachusetts. Após voltar da reunião feita pelos Batistas na Alemanha, ele disse que era um prazer ter ido a uma terra onde livros de sexo e filmes imorais não eram assistidos. Com uma satisfação óbvia, ele escreveu:
“A nova Alemanha queimou montanhas de revistas corrompidas e fizeram fogueiras com livrarias [compostas] de livros comunistas e judeus… A nova Alemanha é de mentalidade séria. Seria bom que todas as outras nações também agissem com seriedade. Noventa por cento das pessoas estão seguindo Hitler. Viajei por muitas cidades e não ouvi uma nota de jazz sequer!” (Watchman-Examiner XXII 37 ,13 de Setembro de 1934).
Foi então que surgiu a Igreja Confessional ou Confessante, liderada por pastores tais como Martin Niemöller (que não era da Igreja Batista, mas luterano) e Heinrich Grüber, que foram posteriormente levados a campos de concentração por não apoiarem o regime nazista.

Dicas para uma vida saudável! (Provérbios 4:20-27)

- Presta atenção à Palavra.
- Não percas a Palavra de vista, tendo-a sempre diante de ti (Pv. 4:20-22)
- Cuida:

<> do teu coração (centro das emoções e decisões), do teu sentir e pensar (Pv. 4:23).

<>da tua boca, do teu falar. É verdadeiro? Transmite graça? Edifica? Fala a boca do que está cheio o coração (Pv. 4:24)

<> dos teus olhos, do teu olhar - foco, determinação, transparência e pureza (Pv. 4:24; Mateus 6:22,23; Hebreus 12:2).

<> dos teus pés, do teu andar. Por onde vais? Para onde vais? Com quem andas? Como andas? (Pv. 4:26-27).

<> Se cuidarmos do nosso coração, da nossa boca, dos nossos olhos e dos nossos pés, tendo como referência a Palavra, isso será um fator determinante para termos um viver pleno, estável, saudável e bem- sucedido (Josué 1:7-9).

UM CORAÇÃO PURIFICADO PARA DEUS

Jesus não se contaminava ao tocar em algo "impuro". Ele transmitia a Sua santidade!
Um leproso era imundo e ficava fora do acampamento, fora do convívio social (Levítico 13:44-46). Entretanto, um leproso clamou a Jesus: 'Senhor, se quiseres, podes purificar-me'. E Jesus tocou-o dizendo: 'Quero, fica limpo!' e assim curou o que fora leproso (Lucas 5:12-16). Um sacerdote não podia tocar num morto, pois isso iria contaminá-lo (Levítico 21:1), mas, Jesus tocou no esquife do jovem morto (o filho único da viúva de Naim), como narra Lucas 7:11-17 e, fazendo isso, ordenou e transmitiu vida àquele jovem, restituindo-o à sua mãe.
Nestes dois casos, vemos que Jesus não ficou impuro por tocar em algo considerado imundo. O que aconteceu é que Ele tornou o imundo limpo e não o contrário. Paulo escreveu que 'todas as coisas são puras para os puros; todavia para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.' (Tito 1:15). Jesus já tinha ensinado que não é o que vem de fora que contamina o homem, mas sim o que procede do coração (Marcos 7:18-23). Assim, se o nosso coração for puro, tudo será puro para nós e o que transmitirmos também irá transformar a realidade carente que nos cerca.

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Tem gente...

Tem gente que Deus coloca na nossa vida só pra nos dar paz. Que nos empurra pro melhor de nós, que nos guia pro caminho do bem. Gente que é sorriso em dia feio, que é suporte quando parece faltar chão. Tem gente que pensa e repensa jeitos de nos fazer bem, que se preocupa e demonstra. Gente que é abraço, mesmo de longe, e a certeza que tudo vai dar certo. Que empresta coração pra gente morar, que planta pensamentos bonitos nos dias da gente. E reforça nossa fé no ser humano! Gente que merece o que de mais bonito a vida tem a oferecer... A esse tipo de gente: amor, oração e gratidão eterna.

segunda-feira, 1 de abril de 2019


A Bíblia predisse a formação do atual Estado de Israel?

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O mundo acompanhou ansiosamente o que aconteceu no Oriente Médio em maio de 1948. Naquela época, 70 anos atrás, o mandato britânico de ocupação do que então era chamado de Palestina estava terminando, e a guerra era iminente. No ano anterior, as Nações Unidas haviam autorizado a criação de um Estado judeu independente numa parte dos territórios ocupados. As nações árabes ao redor tinham jurado impedir isso a todo custo. “A linha de partilha proposta não será nada mais que uma linha de fogo e sangue”, alertou a Liga Árabe.
Era sexta-feira, 14 de maio de 1948, 4 horas da tarde. As últimas horas do mandato britânico estavam se esgotando. No Museu de Tel-Aviv, 350 pessoas que haviam sido convidadas secretamente estavam presentes para ouvir um anúncio muito aguardado: a declaração oficial de que a atual nação de Israel se tornaria um Estado independente. A segurança havia sido reforçada para evitar que os vários inimigos do recém-formado Estado interferissem no evento.
David Ben-Gurion, líder do Conselho Nacional de Israel, leu a Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel. Ela dizia, em parte: “Nós, membros do Conselho do Povo, representantes da Comunidade Judaica de Eretz-Israel [Palestina] . . . por virtude de nossos direitos naturais e históricos e pela força da resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, aqui declaramos o estabelecimento do Estado judeu em Eretz-Israel, a ser conhecido como Estado de Israel.”
Cumprimento de uma profecia bíblica?
Alguns protestantes acreditam que a formação do atual Estado de Israel cumpriu uma profecia bíblica. Por exemplo, no livro Jerusalem Countdown (Contagem Regressiva para Jerusalém), o clérigo John Hagee diz: “Essa ocasião momentosa foi registrada pelo profeta Isaías, quando disse: ‘Uma nação nascerá num só dia. ’ (Veja Isaías 66:8.) . . . Foi o momento mais significativo da história profética do século 20. Constituiu uma evidência clara a todos os homens de que o Deus de Israel ainda existe.”
Essa declaração está correta? Isaías 66:8 predisse mesmo o estabelecimento do atual Estado de Israel? Será que o dia 14 de maio de 1948 foi “o momento mais significativo da história profética do século 20”? Se o atual Estado de Israel ainda é a nação escolhida de Deus, e se ele o está usando para cumprir profecias bíblicas, isso com certeza é de interesse para estudantes da Bíblia em toda parte.
A profecia de Isaías diz: Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.
(Isaías 66:8) Esse versículo prediz claramente o nascimento repentino de uma nação inteira, como que num só dia. Mas quem causaria esse nascimento? O versículo seguinte dá uma ideia: Abriria eu a madre, e não geraria? diz o Senhor; geraria eu, e fecharia a madre? diz o teu Deus.Isaías 66:9
O Senhor  deixa claro que seria ele quem causaria o nascimento dramático da nação.
O governo do Israel atual é uma democracia secular que oficialmente não afirma confiar no Deus da Bíblia. Será que os israelenses em 1948 deram o crédito a  Deus pela formação do Estado de Israel? Não, eles não fizeram isso. Nem o nome de Deus nem sequer a palavra “Deus” foram mencionados no texto original da declaração. O livro Great Moments in Jewish History (Grandes Momentos da História Judaica) diz sobre o texto final: “Mesmo à 1 hora da tarde, quando o Conselho Nacional se reuniu, seus membros não conseguiam entrar num acordo sobre que palavras usar na declaração do estabelecimento do Estado. . . . Judeus conservadores queriam que fosse feita uma referência ao ‘Deus de Israel’. Os secularistas não concordaram. Ben-Gurion cedeu e decidiu que seria usada a palavra ‘Rocha’ em vez de ‘Deus’.”
Até hoje, o atual Estado de Israel baseia sua reivindicação de Estado numa resolução da ONU e no que chama de direitos naturais e históricos do povo judeu. Seria razoável esperar que o Deus da Bíblia realizasse o maior milagre profético do século 20 a favor de um povo que se recusa a dar-lhe o crédito por isso?
Com o que se pode comparar a atual reivindicação de Estado?
Essa postura secular do Israel atual se contrasta nitidamente com o que ocorreu em 537 A.C. Naquele ano, a nação de Israel de fato ‘renasceu’ como que num só dia, depois de ter sido devastada e despovoada pelos babilônios 70 anos antes. Naquela época, Isaías 66:8 se cumpriu de modo notável quando Ciro, o Grande, o rei persa que havia conquistado Babilônia, autorizou o retorno dos judeus à sua terra natal. — Esdras 1:2.
O Rei Ciro reconheceu que Deus estava por trás do que ocorreu em 537 a.c, e os que retornaram a Jerusalém fizeram isso com o objetivo específico de restaurar a adoração de  Deus e de reconstruir Seu templo. O atual Estado de Israel nunca declarou oficialmente nenhum desejo ou intenção nesse sentido.
Ainda é a nação escolhida de Deus?
No ano 33 d.c, a nação de Israel perdeu o direito de afirmar ser a nação escolhida de Deus quando rejeitou o Filho de Deus, o Messias. O próprio Messias expressou isso da seguinte forma: Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados. . . “Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta”; (Mateus 23:37, 38) Essa declaração de Jesus se cumpriu em 70 d.c quando as legiões romanas destruíram Jerusalém e seu templo, e puseram fim ao sacerdócio. Mas o que aconteceria com o propósito de Deus de ter uma “propriedade especial dentre todos os outros povos, . . . um reino de sacerdotes e uma nação santa”? — Êxodo 19:5, 6.
O apóstolo Pedro, ele mesmo um judeu natural, respondeu a essa pergunta numa carta escrita aos cristãos — tanto gentios como judeus. Ele escreveu: “Vós sois ‘raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial’, . . . porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; vós éreis aqueles a quem não se mostrara misericórdia, mas agora sois os a quem se mostrou misericórdia.” — 1 Pedro 2:7-10.
Assim, os cristãos escolhidos pelo Espirito Santo pertencem a uma nação espiritual, e sua condição de membros dessa nação não é determinada por nascimento ou por localização geográfica. O apóstolo Paulo falou desse assunto da seguinte maneira: “Nem a circuncisão é alguma coisa nem a incircuncisão, mas sim uma nova criação. E todos os que andarem ordeiramente segundo esta regra de conduta, sobre estes haja paz e misericórdia, sim, sobre o Israel de Deus.” — Gálatas 6:15, 16.
Ao passo que a atual nação de Israel oferece cidadania a qualquer judeu natural ou converso, a cidadania no que a Bíblia chama de “Israel de Deus” só é dada aos que são ‘obedientes e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo’. (1 Pedro 1:1, 2) Referindo-se a esses membros do Israel de Deus, ou judeus espirituais, Paulo escreveu: “Não é judeu aquele que o é por fora, nem é circuncisão aquela que a é por fora, na carne. Mas judeu é aquele que o é no íntimo, e a sua circuncisão é a do coração, por espírito, e não por um código escrito. O louvor desse não vem de homens, mas de Deus.” — Romanos 2:28, 29.
Esse texto nos ajuda a entender um comentário polêmico feito por Paulo. Em sua carta aos romanos, ele comparou os judeus naturais descrentes a ramos de uma oliveira simbólica que haviam sido cortados para que se pudesse enxertar nela “ramos” gentios ‘bravos’, ou seja, não cultivados. (Romanos 11:17-21) Na conclusão dessa ilustração, Paulo disse: “A obtusão das sensibilidades aconteceu em parte a Israel, até que tenha entrado o pleno número de pessoas das nações, e desta maneira é que todo o Israel será salvo.” (Romanos 11:25, 26) Será que Paulo estava predizendo que em algum momento os judeus se converteriam em massa ao cristianismo? Pode-se ver claramente que essa conversão não aconteceu.
Com a expressão “todo o Israel”, Paulo se referia a todo o Israel espiritual — cristãos escolhidos pelo Espírito Santo. Ele estava dizendo que o fato de os judeus naturais não ter aceitado o Messias não impediria o cumprimento do propósito de Deus de ter uma ‘oliveira’ espiritual cheia de ramos produtivos. Isso está em harmonia com a ilustração de Jesus em que ele se compara a uma videira com ramos improdutivos que seriam cortados. Jesus disse: “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o lavrador. Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo o que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto.” — João 15:1, 2.
Portanto, a formação do atual Estado de Israel não foi predita na Bíblia, mas a formação da nação do Israel espiritual com certeza foi. Se você identificar essa nação espiritual hoje e se associar com ela pela fé em Cristo Jesus, receberá bênçãos eternas. — Gênesis 22:15-18; Gálatas 3:8, 9.