sábado, 10 de julho de 2021

Tem gente...

Tem gente que Deus coloca na nossa vida só pra nos dar paz. Que nos empurra pro melhor de nós, que nos guia pro caminho do bem. Gente que é sorriso em dia feio, que é suporte quando parece faltar chão. Tem gente que pensa e repensa jeitos de nos fazer bem, que se preocupa e demonstra. Gente que é abraço, mesmo de longe, e a certeza que tudo vai dar certo. Que empresta coração pra gente morar, que planta pensamentos bonitos nos dias da gente. E reforça nossa fé no ser humano! Gente que merece o que de mais bonito a vida tem a oferecer... A esse tipo de gente: amor, oração e gratidão eterna.

A esquerda, a direita e a Bíblia

 

 Esquerda, a direita e a Bíblia

Nenhum partido político segue completamente a Bíblia. Quando lemos a Bíblia, descobrimos que tem alguns ensinamentos que se alinham com a direita política e alguns que se alinham com a esquerda. O cristão não é obrigado a se posicionar de um lado ou de outro. Também pode mudar de partido, se mudar de ideias, mas a Bíblia é o fundamento da vida.

Há cristãos verdadeiros que preferem a direita e há cristãos verdadeiros que preferem a esquerda. mas, apesar das diferenças políticas, temos uma coisa em comum: Jesus. Por isso, devemos tratar nossos irmãos com amor e respeito, mesmo se tiverem outra opinião política (Romanos 14:13).

A Bíblia defende valores normalmente associadas com a direita, como a família e a responsabilidade individual. Por outro lado, também promove a ajuda aos necessitados e a partilha da riqueza. Ainda outras políticas na Bíblia não são apoiadas por nenhum partido! Que partido hoje promoveria um ano em que todas as dívidas fossem canceladas e todas as propriedades fossem redistribuídas? No entanto, essa foi a lei criada por Deus para o governo de Israel no Antigo Testamento (Deuteronômio 15:1-2Levítico 25:10).

A verdade de Deus sempre foi radical. Ela nos desafia a viver de maneira diferente, indo além de posições partidárias. A Bíblia é desafiante tanto para quem é da esquerda quanto para quem é da direita. Independentemente do partido que prefere, o cristão deve se esforçar para viver em conformidade com a Bíblia (1 Coríntios 10:31). 

O que significa ser de esquerda ou de direita?


 

O que significa ser de esquerda ou de direita?

Em um jogo de futebol, os adeptos das duas equipes normalmente sentam em lados diferentes. O mesmo acontece no parlamento ou no senado. Os políticos sentam ou do lado esquerdo, ou do lado direito, de acordo com a aproximação de seu partido a certos valores. Isso começou na França, quando os adeptos do poder da monarquia se sentavam à direita, enquanto que quem defendia o poder do povo se sentava à esquerda.

Atualmente, os partidos da direita costumam apoiar:

  • A liberdade individual - para fazer suas próprias escolhas, sem muita intervenção do Estado
  • A redução do Estado - menos impostos mas também menos subsídios; cada pessoa pode poupar e investir no que achar mais importante; o Estado controla o mínimo possível
  • O mercado livre - mais liberdade para fazer comércio deve gerar mais riqueza, o que deve melhorar a vida de todos

Os partidos da esquerda costumam apoiar:

  • A igualdade de oportunidades - o Estado intervém para ajudar e proteger os mais vulneráveis; quem tem mais contribui mais para ajudar quem está preso na pobreza
  • Um Estado maior - mais subsídios mas também mais impostos; o Estado garante que todos tenham acesso ao essencial para viver com dignidade
  • O controle do mercado - para evitar que uns enriqueçam à custa da exploração de outros

Em termos de discurso, os partidos da direita têm uma tendência para apelar para o passado, se posicionando como mais conservadores. Os partidos da esquerda geralmente apelam mais para o futuro, se identificando com o progresso e a mudança.

No entanto, o significado de “conservador” ou “progressista” varia muito. Por exemplo, na Inglaterra, o casamento homossexual foi legalizado pela direita (em 2014) e, em Portugal, o Partido Comunista lutou contra a eutanásia (em 2018). Por isso, é muito importante analisar o que cada partido defende individualmente.

Um cristão pode ser de esquerda? Ou deve ser de direita?


 

Um cristão pode ser de esquerda? Ou deve ser de direita?

Acima de qualquer posição política, o cristão é filiado primeiro com Cristo. Todo cristão tem liberdade para escolher o partido que achar melhor, quer seja de esquerda, quer de direita. Nenhum partido está perfeitamente alinhado com o evangelho.

A Bíblia não se alinha nem com a direita, nem com a esquerda política. Na verdade, esses termos só surgiram muitos séculos depois que a Bíblia foi escrita! O primeiro compromisso do cristão deve ser com a verdade do evangelho, que se aplica principalmente na vida individual. As escolhas políticas são da responsabilidade da consciência de cada um (Romanos 14:22).

Não podemos generalizar, dizendo que todo um lado é ruim e todo o outro é bom. Tanto a esquerda quanto a direita política são muito abrangentes, que englobam partidos muito diversos. Os dois lados abrangem partidos moderados e partidos extremistas.

A extrema direita produziu horrores como os nazis, os fascistas e a ditadura militar no Brasil; a extrema esquerda produziu horrores como os regimes comunistas na Rússia, na China e em vários países da América Latina. No entanto, é ignorância dizer que todo apoiante da direita é nazi ou que todo apoiante da esquerda é comunista. Os partidos moderados têm pouca coisa em comum com os piores exemplos da direita ou da esquerda. Em uma democracia há muita diversidade política. Devemos analisar nossas opções com cuidado e sensatez (João 7:24).

quinta-feira, 8 de julho de 2021

 




Porque os crentes são tão diferentes de Cristo?Resultado de imagem para cristaos diferentes de cristo



Embora seja para todos, esse negócio de ser cristão de fato não é para qualquer um. O Filho do Homem veio a terra e tornou-se um rabino com ensinos idealistas, difíceis e provocadores. Talvez seja por isso que tantos anos mais tarde, um sem número de pessoas dizem terem sido encontradas por Ele, mas ao invés de seguir seus passos, contentam-se em fazer uma “oração de entrega”, participar semanalmente de cultos e cumprir outras obrigações de uma religião chamada cristã. O Cristo da Bíblia comportava-se de maneira diferente. Ele não era pastor de gabinete, não tinha onde reclinar a cabeça, sua experiência cristã era na vida, dia a dia, pelas ruas, abraçando e servindo pessoas, demonstrando o amor furioso de seu pai. Bem diferente de nós. Procurei escrever algumas outras coisas em que somos bem diferentes Dele. Elenquei somente quatro para a depressão ser menor. Que reflitamos e sejamos, de fato, discípulos Dele!
1. Pregando sobre a eternidade
Imagine-se saindo da igreja após uma abençoada celebração de domingo à noite. Em frente ao prédio, você e seus amigos/irmãos trocam algumas palavras. Eis que surge um jovem, mais ou menos da sua idade. Aproxima-se e dirigindo-se ao grupo pergunta “o que eu faço para ir ao céu?”. Essa é típica pergunta que você e seus amigos brigariam para ver quem iria responder primeiro. Hora de lembrar-se das 4 leis espirituais ou qualquer outro método de evangelização e explicar tudo nos mínimos detalhes, obviamente, convidando o jovem a repetir uma oração convidando Jesus para morar em seu coração.
Jesus faz diferente. Ao ser perguntado sobre a maneira de obter a vida eterna, o Mestre direciona o inquiridor para o próximo. “Não mate ninguém, não traia ninguém, não roube ninguém, não minta a ninguém, respeite seus pais…e se isso você já tem feito, venda tudo o que você tem e dê a quem não tem nada.” É mais ou menos assim que Jesus responde essa questão. Ele ensina que a salvação não vem por ações (crer e receber são verbos = ações), mas pelo amor, graça e misericórdia de Deus, no entanto ele ensina que poderíamos experimentar aqui e agora um pouco do que é a vida eterna ali e além no reino de Deus ao colocarmos o nosso próximo em lugar superior ao nosso.
2. Fazendo orações
É engraçado como o nosso velho e gente fina Rabi gostava de orar. Ele não ensinou muito sobre oração, mas em compensação, investiu muito tempo nessa prática. Mas ele orava de um jeito diferente, sem formalidade e sem mimimi. O jeito de ele orar era tão impressionante que seus discípulos queriam aprender a fazer como ele fazia.
O que mais me chama a atenção no jeito de Jesus orar, entre muitas outras coisas, é o fato dele raramente orar por si mesmo. Neste momento, você pode correr até a estante, desempoeirar e abrir a sua Bíblia e ler todas as orações feitas por ele. Há de reparar que nosso Mestre praticamente só orava pelos outros. Eu ousaria afirmar que a única vez em que Jesus orou por si, não foi atendido, ao rogar “se possível, afasta de mim este cálice”. No entanto, temendo as pedradas dos radicais e para tranquilizar meus amigos que temem que eu perca a fé, dou um passo atrás para dizer que nesse episódio Jesus foi sim atendido, pois concluiu a oração dizendo “mas que seja feita a Tua vontade e não a minha”. O que fica de tudo isso é que se nos dizemos discípulos Dele, temos que aprender a orar mais pelo próximo do que por nós, afinal, a nossa vida é assim tão preciosa para que nós mesmos fiquemos a importunar Deus por isso? Uma boa oração para fazer todos os dias é a clássica “Livra-me de mim Senhor!”
3. Lidando com autoridades religiosas
Quem é o seu guru gospel? A pergunta está correta sim, quem é que você consulta para tirar dúvidas sobre a vida cristã? Você é da turma reformada que venera Augustus Nicodemus, John Piper, Paul Washer e cia? Ou você é da turma da missiologia integral e tira o chapéu para o Ari Ramos, Kivitz, Paulo Cappelletti e sua turma? Ou será que você ainda é da turminha que curte mesmo o Pr. Lucinho, Valadão Family´s, Thalles Roberto e etc? Meus pêsames se você é dessa última turma, mas tá valendo para o exemplo.
O fato é que Jesus tinha um jeito diferente de lidar com os grandes mestres da sua época. Você se lembra de Nicodemos (o de João 3, não o dos nossos dias)? Sem papas na língua Jesus diz a ele que tudo bem se ele é o bam-bam-bam da turminha das igrejas, mas para Jesus ele era apenas mais um homem que precisava ser convertido. Isso sem contar as “doces” palavras que Jesus gritou para os mestres da lei em Mateus 23. Fosse em nossos dias talvez responderíamos a Ele dizendo “não julgue, ore por eles!” E ainda nos intitulamos discípulos de Cristo. Doce ilusão.
4. Escolhendo as amizades
Escolher bem as amizades é fundamental e você já deve ter escutado isso de diversas maneiras. E assim procedemos, gostamos de caminhar ao lado de quem temos mais afinidade, de gente de boa fama, boa família e, normalmente com a mesma confissão religiosa que a nossa. Existem também algumas pessoas que já não fazem amizades, mas sim contatos, formando assim um “networking”, que pode ajudar em um âmbito profissional. O mundo dos negócios é simplesmente patético.
O provocador Jesus também cultiva amizades de modo distinto. Ele começa escolhendo praticamente doze peões para serem seus aliados mais próximos. Um péssimo networking!  Depois, ele janta com estelionatários, bebe ao lado de agiotas, defende prostitutas, acaricia leprosos, abraça inimigos do povo, puxa conversa com mulheres promíscuas. Ele ensina que devemos olhar para dentro das pessoas, independente de sua reputação social. Mais do que isso, ele ensina que nossa missão enquanto participantes do reino de Deus é justamente o de ser instrumento no resgate de pessoas que estão no reino das trevas a fim de trazê-las para o reino da luz! Simples assim. Quem quer seguir a Jesus deve ter em mente que Ele mesmo andou ao lado dos “piores” pecadores de sua época, sem nunca pecar e nem ser influenciado por eles.


Luciano Bruno

 




A QUEM PERTENCE A TERRA DA PALESTINA - A QUESTÃO POLÍTICA









A quem realmente pertence a terra da Palestina? Aos judeus? Ao povo palestino? A quem foram, realmente, feitas as promessas referentes à Terra de Canaã que encontramos no Antigo Testamento? Em pleno século XXI precisamos entender que existem dois lados desta questão. O primeiro é aquele representado pela questão política e o segundo é o representado pela questão religiosa, que inclui as implicações teológicas introduzidas pelo Novo Testamento, i isso faz muita diferença na forma como o Antigo Testamento deve ser interpretado.

Ùm pouco de história - Um pouco de história torna-se necessário aqui, porque como alguém já disse: “ignorar a história é sujeitar-se a cometer os mesmos erros do passado”. Não queremos cometer, dentro das nossas possibilidades, nenhum erro. Precisamos estar abertos para conhecer a verdadeira história e, reconhecer e abandonar eventuais erros de perspectiva que, por ignorância ou cegueira, tenhamos adotado no passado e que estejamos ainda persistindo em manter.

Para compreendermos melhor as questões envolvidas nas discussões acerca da Terra de Canaã – Palestina – nós precisamos retornar aos primórdios do século XIX e analisarmos os movimentos chamados de “Sionismo Cristão” e de “Sionismo Judaico”. Uma definição simplista do significado de “Sionismo Cristão” é: Cristãos que apoiam, de forma irrestrita, o Sionismo Judaico. Em 1975, a Assembléia Geral das Nações Unidas, passou a resolução de número 3379 que definiu o “Sionismo” como uma forma de racismo e de justificativa para a prática de discriminação racial. O Sionismo Cristão contemporâneo é, em sua maior parte, uma reação irracional ao aumento do volume da crítica que está sendo feita à forma de “apartheid” praticada pelo Estado judeu na região da Palestina nos dias de hoje. Esta reação irracional teve início com o final da chamada “Guerra dos Seis Dias”, de 1967. Esta guerra, iniciada por Israel[1], culminou com a anexação dos seguintes territórios:

1. A parte leste da cidade de Jerusalém. Ocupação esta que já dura 47 anos.

 2. A região da Cisjordânia. Ocupação esta que já dura 47 anos.

 3. A região sul do Líbano – devolvida a seus legítimos donos, no início do século XXI, 35 anos depois do confisco de 1967.

 4. As Colinas de Golan – território que pertence à Síria e que continua ocupado até esta data, 47 anos depois.

 5. A Faixa de Gaza. “Desocupada” oficialmente em 2005, mas sujeita a novas invasões ao bel prazer das autoridades israelenses, como vimos durante as várias ações genocidas que ocorreram em entre Dezembro de 2008 e Julho de 2014. Para aqueles que ainda acreditam na propaganda judaica de que o problema ali são os “foguetes do Hamas” basta dizer o seguinte:

1. Quantos judeus foram mortos fora da faixa de Gaza nos dias das ofensivas judaicas mencionada acima? Números são muito disputáveis e variam de algumas dezenas até uma centena. Este reduzido número de vítimas fatais, levanta suspeitas também acerca dos alegados “milhares” de foguetes do Hamas, lançados contra o território israelense.

2. Quantos Palestinos foram mortos dentro da faixa de Gaza no mesmo período? Aproximadamente 9000! Israel alega ter matado menos de 7000 palestinos. como se isso fosse significativo ou mudasse o tamanho do genocídio.

3 Quantos judeus foram feridos fora da faixa de Gaza nos dias da ofensiva judaica mencionada acima? Novamente, como os números não interessam a Israel pela disparidade dos mesmos quando comparados com os feridos em Gaza, tudo o que podemos afirma é que não podemos aceitar nenhum dos números oferecidos pelas autoridades israelenses porque os mesmos incluem os "ferido" psicologicamente, algo que infla o número de feridos consideravelmente. Por esse parâmetros os feridos apenas na faixa de Gaza seria 1.800.000 de pessoas.

4. Quantos Palestinos foram feridos dentro da faixa de Gaza no mesmo período? Aproximadamente 12000. Sem contar os "feridos" psicologicamente.

5. A Península do Sinai que pertencia aos egípcios. Esta península foi devolvida pelos israelenses após os acordos de paz assinados entre o Egito e Israel, entre o assassino confesso Menachem Begin e Anuar Sadat.

Ainda no ano de 1967, a Assembléia Geral das Nações Unidas passou a resolução de número 242 que condenou a ocupação israelense da Cisjordânia. Após esta condenação, toda a comunidade internacional removeu seus embaixadores e fechou suas embaixadas em Jerusalém. Nesta mesma ocasião um grupo de cristãos sionistas, que mantinham uma entidade chamada de Embaixada Cristã Internacional, mudou sua sede para a cidade de Jerusalém, com a intenção explícita de apoiar as ações ofensivas e criminosas de Israel. Como dizem os próprios judeus, os chamados cristãos messiânico são uma verdadeira farsa!

Os cristãos sionistas se vêm como defensores e apologistas do povo judeu em geral e da nação política de Israel em particular. Tal defesa é manifestada por ferrenha oposição a todos que, de alguma maneira, sejam percebidos como críticos ou hostis para com o moderno Estado de Israel. Por esse motivo, todos os movimentos antissionistas têm sido identificados como sendo também antissemitas, o que não passa, evidentemente, de uma afirmativa ridícula e absurda. De forma curiosa e surpreendente, tais afirmativas não são acompanhadas, de nenhuma maneira, por palavras ou atos de compaixão para com o povo palestino que, diga-se de passagem, também é parte dos povos semitas, exatamente com o são os judeus. É difícil dizer quantas organizações sionistas cristãs existem neste início de século XXI, mas o número escala as centenas.

O movimento sionista, seja cristão seja judeu obteve uma estrondosa vitória com a decisão das Nações Unidas de dividir a Palestina, criando um estado árabe e outro judeu em 1947. Quando da decisão das Nações Unidas, o quadro populacional na Palestina era como segue:

1. Na parte que deveria ser o Estado Árabe – 749,000 árabes e 9.250 judeus.

2. Na parte que deveria ser o Estado Judeu – 497,000 árabes e 498,000 judeus.[2]

Em 17 de Maio de 1948, o Estado Judeu, chamado de Israel, declarou sua independência e ato contínuo iniciou uma série de guerras, que duram até os dias de hoje, que visam remover, seja via limpeza étnica – genocídio – ou via migração forçada, todos os árabes daquilo que considera ser seu território. De fato, o sonho de Theodore Herzl e de outros sionistas judeus e cristãos era um estado judaico que se estendesse desde as margens do rio do Egito no Oeste até as margens do rio Eufrates no Leste. Esta ideia é derivada da promessa feita a Abraão e contida em Gênesis 15:18.

Antes de prosseguir é desejo deste autor estabelecer o fato de que este trabalho está baseado nas seguintes premissas:

1. O autor se opõe a todo tipo de antissemitismo, lembrando que o povo palestino e os árabes também são constituídos por descendentes de Sem, além de serem descendentes diretos do patriarca Abraão. Críticas, portanto, feitas ao Estado Moderno de Israel, não devem ser interpretadas como afirmações antissemitas. O autor irá considerar tais afirmações como puras tolices.

2. Que o Estado de Israel tem o direito, como também a nação Palestina, de existir – autodeterminação dos povos - dentro de fronteiras seguras e reconhecidas pela comunidade internacional. Esta continua sendo, como nos dias de Theodore Herzl, uma questão essencialmente política e não se trata de matéria de fé.

A questão política inclui o seguintes itens:

1. Existem muitos fatos concernentes aos acontecimentos contemporâneos da Palestina que não são informados às pessoas, em geral, e muito menos aos cristãos, em particular.

2. Existe, pelo que podemos notar, um silêncio criminoso por parte dos Evangélicos com relação ao gigantesco abismo que encontramos entre o alegado mandato bíblico para a criação de uma nação para o povo judeu e, isto que aí está representado pelo Estado de Israel moderno. Em outras palavras, o que estamos querendo dizer é que: se o Estado de Israel e os sionistas – cristãos e judeus – desejam usar a Bíblia para reivindicar a posse da Terra Santa a favor do povo judeu então, a Nação de Israel precisa aderir, sem demora e sem hesitação, ao padrão bíblico de justiça e santidade nacionais, conforme ensinadas na Lei de Moisés e reclamadas pelos profetas de Isaías até Malaquias. Além disso, uma coisa que poucos sabem é que existem numerosos grupos de judeus de todas as ordens que são frontalmente contrários à existência de uma nação política e pagã como é o moderno Estado de Israel. Qualquer coisa menor do que um alinhamento automático às exigências bíblicas de justiça e santidade, constitui-se em um verdadeiro travesti da verdade pretendida – ver Levítico 25:23 caso existam dúvidas acerca do verdadeiro dono daquela terra.

Levítico 25:23

Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois para mim estrangeiros e peregrinos.

3. Os textos que advertem o povo judeu, habitando na Terra Prometida, contra os maus tratos praticados contra os estrangeiros habitando em suas terras, valem contra todos os que alegam que a Terra de Israel lhes pertence por aliança perpétua – ver Levítico 19:34 e Deuteronômio 10:19. Agora responda, caro leitor, como é que você percebe a forma com Israel está tratando aqueles que considera “estrangeiros”, e que estão habitando em suas terras?

Levítico 19:34

Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
Deuteronômio 10:19

Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.
4. O Estado Sionista de Israel, como vimos acima, ocupou os territórios que pertenciam aos árabes e isto tem gerado muitas situações terríveis. Organizações judaicas, muitos judeus famosos e seus pares palestinos e de muitas outras nacionalidades, têm denunciado os seguintes crimes praticados diuturnamente pelo Estado judeu contra o povo palestino:

a. O roubo de terras e de água. Enquanto cidades e vilas palestinas têm água corrente somente duas horas por semana, as colônias judaicas implantadas nos territórios ocupados exibem belos gramados e piscinas.

b. A destruição de centenas de vilas palestinas para a instalação de colônias judaicas ilegais.Não existe nenhuma justificativa plausível para esse hediondo crime.

c. O abuso permanente dos direitos humanos pelo Estado de Israel, mediante à prática de: “estados de sítio” – com palestinos sendo proibidos de circular dentro de seu próprio território por dias e semanas até – prisões, detenções, torturas e deportações, além do genocídio geral e dos homicídios seletivos praticados contra cidadãos palestinos que Israel faz questão de qualificar como “terroristas”.

d. O cerco militar – terrestre, aéreo e marítimo – imposto à faixa de Gaza é o acontecimento mais desumano destes dias em toda a face da Terra.

Enquanto as questões alistadas acima, e muitas outras, permanecerem sem solução, o problema irá apenas se agravar.

Não temos a pretensão de querer resolver a questão política, mas já consideramos uma vitória, se algum dos leitores se interessar por pesquisar os materiais produzido por órgãos ou indivíduos independentes, tais como:

1. O material – artigos, entrevistas e livros – produzidos por Noam Chomsky, estadunidense de ascendência judaica e professor titular do Massachusetts Institute Technology – MIT. Muito material do professor Chomsky está disponível em português.

2. O material produzido por Norman Finkelstein, estadunidense de ascendência judaica e ex-professor da Universidade de Columbia em Nova Iorque. Seu livro “A Indústria do Holocausto” – disponível em português - é um “tour-de-force” contra uma das mentiras mais bem contadas e repetidas do século XX: a de que o sofrimento dos judeus é, de forma particular, único e de que os judeus são, em si mesmos, um povo singular.Ora tal afirmação não passa de puro chauvinismo e explica as ações do Estado de Israel contra a população palestina.

3. O material produzido pelo cineasta e produtor australiano John Pilger. Seus documentários são apresentados de forma regular através da rede ITV e, quando não irritam por demais a elite britânica submissa aos interesses do Estado de Israel, são também mostrados nos canais da estatal BBC de Londres.

4. O material produzido pelo site “The Palestinian Chronicle”, que publica artigos assinados por árabes e israelenses e por outros jornalistas estrangeiros.

5. O material produzido pelo jornalista britânico Robert Fisk e disponível em muitos jornais, até mesmo no Estadão e na Folha de São Paulo, onde aparecem, de vez em quando.

6. O material produzido pelos sítios “Culture-Counter”, “Saloon”, "Information Clearing House",  entre outros, repletos de artigos escritos por jornalistas internacionais das mais variadas nacionalidades.

7. O material produzido e publicado no Blog do estadunidense e também de ascendência judaica, Michael A. Hoffman II. Curiosamente, Chomsky, Finkelstein, Hoffman, e até mesmo historiadores judeus como Illan Pape e Shlomo Sand e uma infinidade de outros judeus que se opõe ao que está acontecendo nos dias de hoje na Palestina, têm sido chamados de “antissemitas” pelos sionistas – judeus e cristãos. Outros rotulam esses críticos de judeus que se auto-odeiam.




Fonte: O grande diálogo.

Feliz a nação cujo Deus é o Senhor se aplica ao Brasil?


Feliz a nação cujo Deus é o Senhor?



Salmo 33

10 O Senhor desfaz o conselho das nações, anula os intentos dos povos.
11 O conselho do Senhor permanece para sempre, e os intentos do seu coração por todas as gerações.12 Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, o povo que ele escolheu para sua herança.

Por meio desta passagem os evangélicos pensam que é indispensável, é imprescindível, ter um representante cristão (que na realidade quer dizer evangélico mesmo, com igreja, cobertura espiritual e de preferência com um cargo eclesiástico) para que Deus abençoe um país. O que ocorre primeiramente é que eles pensam em colocar um representante de sua igreja, que defenderá sua igreja e, para corroborar isto, eles distorcem passagens bíblicas para tornar suas opiniões, e intenções, espirituais, e convencer os membros do quão importante é eles votarem no candidato que seu pastor escolheu.

Então, para deixar as coisas claras para os cristãos evangélicos, principalmente os neopentecostais, autores da distorção desta passagem citada, vamos estudar um pouco o real sentido desta passagem.

O primeiro conceito a ser estudado é quem escreveu e em que tempo. O livro de Salmos situa-se no antigo testamento e apresenta a maioria de seus conceitos baseadas na lei, na antiga aliança. De acordo então com a antiga aliança, Israel era a nação escolhida por Deus, e a única nação cujo deus era o Senhor dos Exércitos, Jeová Senhor. É por isso que a Bíblia declara que Deus escolheu como nação santa, povo de propriedade exclusiva do Senhor a nação de Israel.

Êxodo 19
5 Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto, então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda a terra;
6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.

Deuteronômio 7
6 Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, a fim de lhe seres o seu próprio povo, acima de todos os povos que há sobre a terra.

Mas lembre que isto se refere à velha aliança. Quando Davi escreveu, ele estava na velha aliança, baseado nela, e ele se referia exclusivamente a Israel, a herança de Deus. Como a nação de Israel não obedeceu, eles quebraram esta aliança. Mas e agora? Será que esta passagem pode ser aplicada no tempo da graça? Se sim, de que forma?

Nos dias de hoje ela pode ser aplicada no conceito de não existência de uma nação, mas de um povo. É neste sentido que poderemos interpretar o verso doze. Com o tempo da graça, se tornou verdade o que diz a passagem de Paulo no qual afirma não haver judeu nem gentio diante de Deus, pois todos são um só povo.

Romanos 10
12 Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam.

Romanos 3
29 É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,

Para o tempo da graça não há diante de Deus limites territoriais, seja de raça, local de nascimento, ou sexo. Só há divisão entre filhos e escravos, justos e ímpios, santos e pecadores. Neste sentido, a passagem que fala de povo se estende a todos aqueles que são filhos de Deus e pertencem à sua noiva, a Igreja. Quando se diz nação temos que levar em consideração a passagem de Pedro que diz:

I Pedro 2
7 E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina,
8 e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.
9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

Logo dizer que feliz é a nação cujo Deus é o Senhor quando se está na graça para se referir a grupos territoriais ou Estados- nação é um verdadeiro atentado a verdade do evangelho, que afirma que Deus não é Senhor de um Estado, mas de um povo, que é a sua Igreja, seu Corpo, formado por todos os seus filhos, que não possui limites raciais ou territoriais.

Espero que todos tenham entendido esta passagem e que quando algum pastor chegar querendo usá-la para defender a candidatura de alguém que se diz cristão, como quando ocorreu uma vez em certo congresso, no qual por causa do pronunciamento de um político que disse “feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”, o líder de uma igreja disse que todas as igrejas debaixo da cobertura dele deveriam apoiar a candidatura deste político, pois ele seria um bom instrumento diante de Deus. Detalhe: o político em questão não era cristão. Como a nação será abençoada como eles dizem?

Pense querido irmão, não se deixe ser enganado por estas distorções bíblicas. Quando algum evangélico usar textos bíblicos para justificar sua entrada na política, ou para te convencer a votar em um determinado candidato, não se submeta à vontade dele.