terça-feira, 29 de julho de 2014

POR Henrique Beirangê5 ANOS ATRÁS
por Henrique Beirangê
henrique@blogdacomunicacao.com.br
“O exército israelense possui planos para uma possível quarta fase do conflito, derrubar o Hamas e reocupar Gaza definitivamente”. A informação é de um alto funcionário do ministério da defesa de Israel, que segundo a agência de notícias internacional Reuters, não quis se identificar porque o plano ainda aguarda aprovação do governo judaico. A primeira fase se concretizou com o massivo bombardeio aéreo, a segunda com a invasão por terra da artilharia e a terceira está se anunciando com a incorporação de novos reservistas para aprofundarem a invasão. Israel se retirou de Gaza em 2005 após 38 anos de ocupação militar. Para entender as razões do conflito precisamos remontar a um passado não tão distante. As tensões entre judeus e árabes começaram a emergir a partir da década de 80 do século XIX, quando judeus provenientes da Europa começaram a emigrar, formando e aumentando comunidades judaicas na Palestina, quer por compra de terras aos otomanos, quer por compra direta a árabes proprietários de terrenos. Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas nas terras históricas da Judeia e de Israel, que eram então em parte, do império otomano.
A região da Palestina compreende as terras entre a porção oriental do mar Mediterrâneo e o rio Jordão, de maioria predominantemente árabe. Pertenceu durante muitos séculos ao Império Otomano, mas após a derrota na 1ª Guerra Mundial ficou sob administração dos ingleses. Com o fim da 2ª Guerra mundial e a necessidade de alocar a multidão de refugiados judeus em algum lugar a Resolução 181 de 29 de novembro de 1947 da Assembleia Geral das Nações Unidas propôs o estabelecimento de um estado árabe e outro judaíco na região da Palestina. Os árabes nunca aceitaram a criação de um estado judeu na Palestina e por isso não obtiveram o direito a criação de um estado palestino. Segundo a maioria árabe a determinação da ONU espoliava os palestinos pois, a maior parte das terras ficariam com os judeus, povo que era minoria na região. Daí em diante muito sangue, ódio e intolerância acirraram ainda mais os ânimos.
Esses fatos mostram que boa parte da resistência palestina com relação a ocupação judia  possui uma fundamentação racional, afinal nenhum povo aceitaria ter suas terras ocupadas e ainda ter de deixá-las para a criação de um novo estado. Por outro lado a inaceitação do estado de Israel por parte da maioria árabe que vive na região dificulta o estabelecimento de um acordo definitivo.
Israel alega que os atentados por parte de grupos terroristas são as razões que sustentam esse conflito, que civis são alvos desses grupos e que estão agindo em nome de sua segurança. Ora, e os mais de 900 mortos palestinos das últimas semanas? E as mais de 300 crianças massacradas?  Segundo observadores internacionais, pelo menos metade dos mortos em Gaza são civis. Israel está usando o caos para tentar construir sua Paz. Em momento algum devemos aprovar o terrorismo como instrumento de reivindicação política, mas Israel sabe bem como funciona o terrorismo, pois o primeiro grupo terrorista do mundo nasceu sob comando Judeu, o grupo terrorista Irgun.
A Irgun organizou a imigração clandestina de judeus na Palestina, assim como operações de represália e atentados contra civis árabes, foi responsável por um atentado em um hotel que matou mais de 90 pessoas. Também lutou contra a presença britânica na região. Foi classificada pelas autoridades britânicas como organização terrorista.
Ambos os lados possuem suas razões e seus desejos de permanência na região, porém não é através de um ataque desproporcional por parte de Israel a inocentes palestinos que esse conflito será resolvido. Isto é fato. Caso a informação da fonte da agência de notícias Reuters se concretize, Israel estará usando o mesmo expediente dos nazistas: anexação de território e a criação de uma multidão de refugiados, para construir sua civilização sobre os escombros do povo árabe da região.
 simbolo-do-irgun-grupo-terrorista-israelense simbolo-do-hamas-grupo-terrorista-palestino
Irgun (a direita) e Hamas (a esquerda): lutando contra a paz na terra santa – Crédito: Reprodução


Quando Golias é judeu

A invasão ofende os Direitos Humanos diante da indiferença cúmplice das potências ocidentais
por Gianni Carta — publicado 28/07/2014 04:16, última modificação 28/07/2014 09:15
gaza
Na luta desigual, de um lado morrem os civis, e muitas crianças, do outro sobretudo os soldados
Cidade de Gaza, quinta-feira 24. Ruas cobertas de cadáveres. Casas sem fachada, esburacadas ou destruídas. Mães, pais, crianças e idosos aos prantos e gritos. Alguns seguram nos braços crianças mortas, por vezes decapitadas. Tanques de guerra. O incessante barulho ensurdecedor das metralhadoras dos soldados do Tsahal, ou IDF, o exército israelense, ou de bombas lançadas de caças F-18. Ou pelos navios de guerra no Mediterrâneo. A toda essa tragédia se mescla o assobio de mísseis, vindo de todas as partes, inclusive dos teleguiados, a marcar presença no céu. “Eles atiram nas pessoas, nas vacas, em qualquer coisa que se mova”, grita uma septuagenária. Nos seus olhos, como nos de seus conterrâneos, estampam-se o medo, o desespero, o horror. Motivos não escasseiam.
Na quinta-feira 24, quando este artigo seria impresso, o número de baixas era de 700 palestinos, dos quais 150 crianças, e mais milhares de feridos. Segundo as autoridades israelenses, 32 soldados tinham perdido a vida, e mais três civis israelenses. Em Gaza falta água potável. As pessoas comem quando há comida, praticamente dia sim, dia não. Hospitais não têm condições de tratar todos os feridos. Ambulâncias, inclusive aquelas dos Médicins Sans Frontières, não circulam na probabilidade de ser atingidas. Ambas as fronteiras para escapar para o mundo, Erez, em Israel, e Rafah, no Egito, permanecem fechadas para os palestinos, mesmo para aqueles mais ameaçados. Apagões são frequentes, de resto como sempre. Porém, agora, mais amiúde.
Indago a Hussam, meu fixer em várias viagens a Gaza, aquele que traduz em perfeito inglês e me guia para evitar confrontos nessa minúscula Gaza em guerra, se posso falar com minhas ex-fontes do Hamas. Claro, as autoridades dos EUA e da União Europeia não tratam com “terroristas”, mas por que lidaram com o Exército Republicano Irlandês, entre outros? Gostaria de entrevistar novamente, como em 2013, digo a Hussam, Mahmoud al-Zahar, ex-ministro do Exterior e um dos fundadores do Hamas. Diga-se que Al-Zahar, de 69 anos, é o líder do Hamas, mas por questões de segurança contra ataques israelenses, ele faria parte apenas do conselho do Hamas. No entanto, esse médico, que já sofreu atentados e perdeu um filho quando um caça F-15 lançou uma bomba contra sua casa, está escondido em algum bunker, diz Hussam. O outro filho foi morto há anos em um confronto armado. Poucos meses atrás, aqui mesmo, indaguei a Al-Zahar se a única solução contra Israel é a luta armada. “Começamos a negociar em 1991, em Madri, mas nunca houve um processo de paz, e sim um apoio à ocupação israelense”, dizia então Al-Zahar. Fez uma pausa, e acrescentou: “A única solução é a luta armada”.
Com seu 1,8 milhão de habitantes espalhados por apenas 40 quilômetros de extensão e 10 de largura, a Faixa de Gaza, separada do mundo por um bloqueio imposto por Israel depois da vitória em escrutínio democrático da legenda islamita Hamas, em 2006, vive-se a enésima Nakba (catástrofe). Esse enredo de violência começa com a expulsão dos árabes palestinos quando Israel venceu sua luta de independência em 1948. Após a Guerra de Seis Dias, em 1967, mais alguns milhões de árabes palestinos foram expulsos pelo Oriente Médio.
A chamada Operação Margem Protetora, a atual, foi acionada pelo premier israelense Benjamin Netanyahu em 8 de julho com os ataques ditos “cirúrgicos” de caças F-18. Parecem tão cirúrgicos, que até o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, os questionou durante uma emissão da tevê estadunidense Fox News. Ao acreditar que os microfones estivessem desligados, comentou ironicamente: “Como são cirúrgicos os ataques dos israelenses”. Trata-se, porém, de um diplomata e logo corrigiu o “erro”.
Os motivos de Bibi, como é popularmente chamado Netanyahu, foram dois, ambos apoiados pela chamada “comunidade internacional”, isto é, por, entre outros, Barack Obama, Angela Merkel, François Hollande e Matteo Renzi. Primeiro, o sequestro e mortes de três adolescentes na Cisjordânia, a outra parte da Palestina sem contingência com Gaza, manobra das autoridades israelenses para dividir e conquistar o vizinho árabe. Segundo motivo: os inúmeros foguetes Qassam lançados pelo Hamas contra o território israelense. Mas a questão é mais complexa do que pensam, ou fingem pensar, os aliados de Netanyahu. Tudo indicaria que os adolescentes não foram assassinados com a autorização do Hamas. E os foguetes seriam lançados de Gaza por grupos radicais envolvidos na disputa do poder no território.
Magid Shihade, professor de Relações Internacionais da Universidade de Birzeit, na Cisjordânia, me diz: “Comunidade internacional, você concorda comigo, é um jargão inconcebível. Eles (Obama, Merkel, Hollande etc.) não alcunharão o que Netanyahu está a provocar em Gaza porque não pega bem para a dita comunidade internacional. Shihade emenda: “O sionismo é uma ideologia racista e colonial. Baseia-se na desapropriação, na deslocação e na separação das pessoas, na supremacia dos judeus sobre os árabes palestinos nativos”.
Em 17 de julho, uma incursão terrestre das Forças de Defesa Israelense elevou a dimensão da carnificina. O motivo da intervenção terrestre foram os incessantes foguetes oriundos de Gaza. Embora de forma proporcionalmente muito inferior àquela dos palestinos, o Tsahal sofreu com a incursão, em meados de julho, várias baixas, especialmente, parece, a do sargento Shaul Aaron. O Hamas diz que o capturou, mas Tel-Aviv sustenta que ele poder ter sido morto. Se, porém, foi capturado, algo que não estava ainda claro na quinta-feira da semana passada, o conflito poderia se ampliar. E da mesma forma como o bloqueio de Gaza teve início com a captura do soldado Gilad Shalit, a situação poderia piorar rapidamente. A prisão de um israelense pelos palestinos é algo passível de elevar brutalmente a tensão.
Para quem está em Gaza, a postura da diplomacia ocidental é de um cinismo abissal. Mesmo porque existe um evidente conluio entre o lobby judeu e a diplomacia internacional. Durante nove meses, o secretário de Estado Kerry cuidou de mostrar empenho a favor da paz, enquanto Israel continuava impunemente a colonizar a Cisjordânia. Kerry dizia ser possível para Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, ir adiante no plano de criação de um Estado palestino apesar dos assentamentos. Palavras ao vento em que tremulam as gravatas amarelas e laranja do secretário de Estado. Não é por acaso que ele não goza de credibilidade alguma nas terras em conflito, mesmo porque suas propostas carecem de qualquer substância. Gianni Vattimo, o filósofo italiano, disse que gostaria de “comprar mais foguetes para o Hamas”. Vattimo, que já entrevistei, disse: “Os europeus deveriam formar uma brigada internacional para lutar com o Hamas, assim como voluntários lutaram contra Franco durante a Guerra Civil Espanhola”.
O que faremos por esse povo?  Hussam, meu fixer, tem 45 anos. Nunca deixou Gaza. Aprendeu inglês, perfeito, na universidade. Vive em Camp Beach, na cidade. Tem mulher e seis filhos, durmo com estes em uma grande sala, todos vestidos. Hussam e a mulher recolhem-se em um quarto separado. Ele anuncia quando podemos tomar banho. À noite, coloca mesas de plástico no chão, visto que não há mobília, e deposita pratos de comida. No ano passado, havia certa fartura. Agora, é apenas pão sírio amanhecido e tabule.
Às 4 horas, a mesquita ao lado lança o apelo, “Alá, o maior”, e todos se levantam, colocam uma esteira no chão e rezam. Uma luz ilumina o nosso quarto. Sinto-me seguro, devo confessar. Depois durmo. E muito bem.  O Tsahal, contudo, atingiu um minarete da mesquita. Hussam lamenta. Indago: “Você faria parte do Hamas?” Responde: “Não, existem limites”.
Os Acordos de Oslo de 1993 estabeleceram que a Autoridade Palestina governaria Gaza e a Cisjordânia.  Não foi o que se deu. Em 2012, a Assembleia-Geral da ONU elevou a Palestina ao status de “Estado não integrante”. Vitorioso em 2006 em Gaza, o Hamas expulsou o Fatah em 2007. Sete anos mais tarde, Fatah e Hamas fizeram as pazes e se reuniram em abril de 2014. E eis o problema. Netanyahu não aceita a união. Dividir é o que se pretende. Divide et impera, diziam os imperadores romanos.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A NECESSIDADE DE PERDOAR 


Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. Colossenses 3:13.
Alguém certa vez disse o seguinte: “É fácil você falar sobre perdão até ter alguém para perdoar”. Uma coisa é falar sobre perdão e outra coisa é praticar o perdão. Perdoar não é uma coisa simples, nem fácil, mas é necessária. Sabe por quê? Porque nós temos a capacidade de decepcionar as pessoas e as pessoas têm a capacidade de decepcionar-nos. Nós ferimos as pessoas, e as pessoas nos ferem. As pessoas têm a capacidade de roubar a nossa alegria, machucar-nos e ferir-nos. E isso transtorna muitas vezes a nossa vida. Não há vida saudável sem o exercício do perdão. Não há vida plena, abundante, sem o exercício do perdão. Você já perdoou aqueles que lhe ofenderam? Que te feriram? Que te magoou? Que te fizeram sofrer? Que disse todo mal contra você? Precisamos entender que o perdão não se encontra na pessoa perdoada, mas na que perdoa. É um ato de graça. Se fomos perdoados e salvos, foi totalmente pela graça de Deus. Imagina se Deus nos tratasse segundo nós merecíamos. Mas Ele nos trata baseado em sua Misericórdia e Graça. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Salmos 103:10.
A causa de muitas doenças psicossomáticas tem a sua origem na falta de perdão. São pessoas que tem o conhecimento de que foram perdoadas por Cristo, mas não perdoam. Muitos alegam que não podem perdoar porque foram agredidas, humilhadas e ultrajadas. Eles não podem perdoar porque a dívida é muito grande. A conversa sempre gira em torno de si mesmo: “Como eu sofri, como eu fui humilhado, como pisaram em mim, como me injustiçaram, e vocês tem que me dar razão”. Irmãos, Cristo morreu na cruz para nos perdoar totalmente e plenamente. Porque quando Jesus morreu nós fomos incluídos naquele sacrifício e morremos junto com Ele, para vivermos uma vida de celebração e de alegria diante do Senhor e dos homens. Você que foi perdoado e se não perdoar, os seus pecados serão retidos também. Leiamos João 20:23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, lhes são perdoados; e, àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos.
Quando não perdoamos uma pessoa, acabamos nos tornando escravos dessa pessoa. Quando retemos mágoa no coração, quando nossa alma está azeda, cheia de ranço, ódio e sede de vingança, acabamos convivendo constantemente com a pessoa com quem não queremos conviver. Tornamo-nos algemados, presos, na mesma masmorra com aquela pessoa com a qual não gostaríamos de conviver. São as cadeias invisíveis que nos prendem quando não perdoamos.E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Mateus 18:34.
O versículo que acabamos de ler faz parte da parábola do credor incompassivo. E nesta história contada por Jesus, temos um relato de um homem que foi perdoado de uma divida de dez mil talentos, que por sua vez não quis perdoar o seu conservo que lhe devia apenas cem denários. O que o Senhor Jesus quis dizer é que a dívida daquele servo era impagável. Ele jamais poderia quitar aquela dívida. Quando ele disse assim: “Tem paciência comigo, que tudo eu te pagarei”, ele estava fazendo uma promessa que não poderia cumprir. Assim é a dívida que temos que pagar, mas nenhum de nós temos os recursos exigidos por Deus para saldar este débito. Nunca poderemos pagar e quitar essa dívida. Mas Deus, bondosa e misericordiosamente, nos perdoou de toda essa dívida. Colossenses 2:14 tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz.
Que o Senhor Jesus pagou a nossa conta é um fato, e isso significa que não devemos mais nada a ninguém e que não temos que pagar mais nada. Mas lamentavelmente existem muitas pessoas de mente apertada e ignorantes querendo pagar aquilo que já foi pago. Cristo já nos perdoou e com isso nos deu a condição de perdoar a todos aqueles que nos devem. Porque se não perdoarmos, vamos ficar doentes emocionalmente e fisicamente. Se não perdoarmos, seremos entregues aos flageladores, aos carrascos da nossa consciência. Não há alternativa para nós. O perdão é a única chance de termos uma vida feliz e de comunhão com Deus e com o próximo. Sabe por quê? Porque nós não podemos estar bem com Deus se também não estamos bem com o próximo. As Escrituras Sagradas registram em 1 João 4:20. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Nossas maiores feridas não vêm de doenças, da pobreza ou de dores físicas. Nossas feridas emocionais mais profundas são infligidas por outras pessoas. E o que acontece se não resolvermos de maneira bíblica essas obstruções emocionais? Esses sentimentos podem levar-nos a todo tipo de doenças emocionais negativas. Toda pessoa que sabe que Cristo a perdoou e não libera perdão para o seu desafeto, normalmente caem numa profunda depressão, desespero e num ressentimento profundo. A pessoa fica num estado completamente insuportável de se conviver com ela. Ela sempre está pronta para dar coices, seu humor fica marrento, azedo, travento. Normalmente ela pensa assim: “Já que a vida não me tratou bem, vou viver plenamente do meu próprio jeito, de acordo com minhas próprias regras”. São umas verdadeiras vitimas que sempre gostam de chamar a atenção para as suas dores. Vejam como eu estou sofrendo e ninguém liga para mim, esqueceram-se de mim. O problema não está em Deus e sim naquele que não perdoa. Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades. Salmos 103:3.
Irmãos, o perdão é o caminho da restauração da nossa vida. E para todos aqueles que nasceram de novo a Bíblia diz que temos de perdoar como Deus em Cristo nos perdoou. O perdão de Deus para nós é um perdão ilimitado. Deus nos perdoa e nos perdoa completamente. As Escrituras diz que Deus perdoa totalmente, e Ele não se lembra mais das nossas falhas e das nossas transgressões. Ele desfaz o nosso pecado como a névoa. Ele afasta nosso pecado como o Oriente se afasta do Ocidente. Deus lança os nossos pecados nas profundezas do mar e deles nunca mais se lembra. Alguém disse que Deus joga nossos pecados nas profundezas do mar e coloca uma placa com os seguintes dizeres: “É proibido pescar aqui!” Miquéias 7:18-19. Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O SENHOR não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia. Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
Está é a maneira que um filho de Deus deve perdoar. Perdoando assim, ele se parece com Jesus. Talvez estejamos vivendo uma vida infeliz porque temos mágoa no coração, temos feridas na alma. Talvez estejamos vivendo uma vida de opressão, de tristeza, de ansiedade, uma vida até mesmo de depressão. Tenho observado em muitas pessoas que converso que uma das coisas que mais atormenta a alma humana é o pecado da mágoa, do ressentimento, da falta de perdão. Quero lhe dizer algo surpreendente: É possível perdoar. É possível construirmos pontes, em vez de cavar abismos. É possível termos a disposição de restaurar relacionamentos quebrados. É possível tomarmos a decisão de ir ao encontro daquela pessoa que nos feriu e liberar perdão para ela. Da mesma maneira que Jesus Cristo fez lá na cruz. As pessoas o pregaram na cruz, zombavam dEle, o ultrajavam, mas Jesus, ao mesmo tempo, orava e dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes. Lucas 23:34.
Cristo nos ensinou a perdoar, perdoando os seus malfeitores. O caminho que Jesus nos mostrou para seguirmos é quando formos injuriados, não injuriar e, quando alguém nos ferir, não ameacemos, mas devemos entregar àquele que julga corretamente. Cristo estava disposto a ser injuriado sem dar o troco. Os anjos no céu estavam a postos, esperando uma palavra de seus lábios, para punirem seus atormentadores e livrá-lo de suas artimanhas. Mas Cristo estava disposto deixar que o Pai cuidasse daquilo. Jesus optou por confiar seu caso à Suprema Corte, crendo que a justiça seria distribuída com precisão. Portanto a nossa capacidade de perdoar baseia-se no perdão divino. O motivo pelo qual podemos perdoar muito é porque Deus nos perdoou muito. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.Efésios 4:32. Amém.

 Porque os Justos Sofrem?                             



Provação-300x220 (1)
Jó é o exemplo mais detalhado de porque os justos sofrem. Sua história nos revela uma paralelo de verdade no mundo espiritual como nunca visto antes. Jó tinha tudo que nós desejamos ter hoje em dia: riquezas, prosperidade, posses e uma maravilhosa família. Entretanto a maior virtude na vida de Jó e tomara que também seja a da nossa era que ele um homem temente a Deus (Jo 1:8). As provações que Jó sofrera mo mundo espiritual refletiram paralelos no mundo natural, no mundo material e também no seu próprio corpo físico.
         De repente, Jó perdeu riquezas, perdeu prosperidade, perdeu seus filhos; até sua esposa não o compreendia e nem o ajudava. Que situação extrema Jó viveu. As provações na vida de Jó foram seqüenciais e ele mal tinha para respirar. Quando ela acaba de receber o relatório de uma desgraça, outro relatório de uma desgraça ainda maior acabara de chegar. Algo amedrontador estava acontecendo na esfera espiritual.
         Se o que aconteceu com Jó ocontecesse com muitos de nós, certamente esmagaria a muitos. A crise não esmagou a Jó, porque em meio a tanta desgraça, ele não perdeu a sua fé em Deus (Jó 1:22).Que grande lição aprendemos da vida de Jó; ela sabia que a sua vida não consistia na abundancia de bens que possuía nem naquilo que era visível. Ele permaneceu confiante em Deus, apreendeu a confiar no Único que domina o mundo material e também o mundo espiritual.
          Na época em que Jó viveu, ele não conseguiu discernir as razões que o fizeram chegar ao miserável estado de tamanhas desgraças. Mas Deus estava no controle e deixou registrado o cenário da batalha espiritual que se passava nos bastidores. Em nossa simples análise era uma verdadeira luta entre Deus e Satanás e o campo de batalha era a vida de Jó.
          Não foi Deus quem enviou a tentação a Jó, nem Quem lhe deu sofrimentos. O Senhor não envia sofrimentos sofre os justos e nem tampouco contraria Sua Palavra. A vida abundante que Jesus nos trouxe, elimina esses sofrimentos (Jo 10:10). Mas é Deus quem permite o que acontece conosco.
          Sempre haverá uma razão espiritual para o que ocorre no nosso mundo natural. No caso que estamos estudando, Deus deixou Jó nas garras de Satanás sem que Jó soubesse. Foi o próprio Deus quem apresentou Jó diante de Satanás como exemplo de homem bom e justo (Jó 1:8). O amor de Deus por Jó e também por nós é incondicional. Seu plano e Seu desejo é nos abençoar.
          A verdade espiritual era que Jó estava vivendo na fronteira entre dois mundos. Por um lado é o Senhor quem permite que a nossa fé seja provada, por outro lado o desejo de Satanás é nos destruir.
          Nessa mesma linha de raciocínio vemos Davi, o homem segundo o coração de Deus, sendo provado por Satanás com a permissão de Deus. Já ouvir pessoas dizerem que há contradição nas seguintes passagens bíblicas: II Samuel 24:1: “Tornou a ira do SENHOR a acender-se contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá” e I Cron 21:1 “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel”. Lendo essas passagens percebo que não há nenhuma contradição e que a questão crucial era se Davi acreditava mais no Poder e na Glória do Senhor do que no seu próprio poder ou na sua própria gloria. O poder executivo foi de Satanás que o incitou. Davi pecou gravemente. Em sua prepotência e orgulho, ele mandou realizar o censo em Israel e o juízo divino foi inevitável: caíram setenta mil homens. Isso não honrou o nome de Deus como no caso de Jó.
          Também o apóstolo Paulo passou por algo semelhante. Deus permitiu que um anjo de Satanás o esbofeteasse (II Co 12:7-9). Paulo orou por três vezes ao Senhor, na tentativa de afastar esse enviado de Satanás. Mas a resposta do Senhor foi: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza… (II Cor 19:9). Foi mais um encontro entre a luz e as trevas, onde novamente o campo de batalha foi a vida de um consagrado servo de Deus.
          Estamos vivendo em uma constante guerra e nossa alma e corpo é o campo de combate entre a luz e as trevas. Gálatas 5:17confirma essa verdade “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”. Tudo àquilo que diabo faz ou tentará fazer em sua vida foi desfeito pelo poder de Jesus, “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo (I Jo 3:8).
          Quantos poderes guerreiros comemoraram a morte de Jesus, naquela tarde de sexta, quando Ele voluntariamente entregou seu corpo. A morte não venceu Jesus. Mesmo havendo um forte ataque dos mais terríveis poderes do inferno contra Jesus conforme registrado no Salmo 22:12-13: “Contra mim abrem a boca, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.” Satanás deve ter dado várias gargalhadas quando Cristo estava pendurado na cruz,  no madeiro maldito. O que Satanás sabia, mas não esperava era que no domingo, de madrugada, Deus iria agir, reconciliando o mundo consigo através da ressurreição de Seu Filho. Onde está a vitória da morte? Cristo ressuscitou. Essa é a nossa garantia.
          Satanás sempre nos ataca no ponto mais fraco, para nos levar na direção que ele quer. Sua tentativa é nos fazer “cegos” ao perdão que Cristo obteve definitivamente na cruz para os nossos pecados. Nossa conversão foi um tapa na “cara” do diabo, pois o Senhor nos livrou de seus grilhões. Sabendo dessa verdade, não dê importância demasiada aos seus fracassos. Assuma uma atitude ofensiva contra o reino das trevas. Retire a atenção de você mesmo e de seus problemas. Olhe para Jesus. nEle você pode confiar. Descubra as verdades bíblicas, lendo e vivendo constantemente a Palavra de Deus. Assim, em sua mente não crescerá as suas fraquezas naturais e humanas e você não se sentirá inferior a ninguém.
        Não deixe crescer em seu interior o orgulho, como se você fosse superior aos outros e nem permita que o ciúme traga divisão entre os membros do corpo de Cristo;  não divida o corpo de Cristo por divergências doutrinarias. Hebreus 12:15 nos exorta “atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. Combata a “miopia espiritual” em sua vida.
        Onde você se julga suficiente na sua capacidade humana, você será testado e verá que precisa depender completamente de Deus. Quem disse que o diabo, ou o mundo tem “bandejas” ruins. No primeiro momento são coisas boas em si. Satanás permite que se prove um pouco da vida vitoriosa, da fama, do lucro e depois, quando se está completamente envolvido, ele ataca com artilharia pesada e como é difícil se libertar nesse caso, que até resultam e opressão e no ultimo estagio, em possessão mesmo.
         Ninguém peca sem querer; todo pecado é consciente e se você não relacionar o pecado com a cruz de Cristo e o perdão obtido por Ele, irá desenvolve r a culpa e a alienação. Quando você vence o mundo, a carne e o diabo, você está demonstrando a realidade da vitória de Jesus e honra o Seu Santo Nome. Tenha visão clara e não permita que você mesmo “naufrague na fé” (I Tm 1:19)
          Aprender que a liberdade que Cristo conquistou na cruz é o passo mais fundamental da vida cristã. Contar com o pleno perdão de Cristo é o fundamento para uma vida plena e abundante; a cruz é a nossa base.
        Satanás tem tentado nos derrotar, mas não posso deixar de crer que, do ponto de vista de Deus, eu já estou perdoado, quando confesso o meu pecado com sincero arrependimento (I Jo 1:19). Não conseguimos conviver com a culpa e Cristo não me defende em relação ao Pai, Ele é meu Advogado contra Satanás diante do Pai. Deus já acabou com nossos pecados na cruz. Satanás nos acusa de dia e de noite (Ap 12:9-10) e o Senhor Jesus Cristo nos defende (I Jo 2:1-2)
       
        Será que somos o servo em quem Deus pode confiar? Será que somos fiéis em meio ao nosso cotidiano. Vivem os tempos difíceis e os poderes satânicos estão pressionando esse mundo tenebroso. Mas podemos e devemos manifestar a vitória obtida por Jesus na cruz; o Poder de Cristo é Superior. Estou dizendo isso a todo o mundo.
        O nosso grito de vitória foi expresso por Jesus na cruz: “
        “Esta consumado (no grego: “Tetelestai”)  – Jo 19:30
        Que Jesus nos abençoe.

CONCEITOS PARA IDENTIFICAR OS CRISTÃOS

Poste
0

O APÓSTOLO PAULO USA TRÊS CONCEITOS PARA IDENTIFICAR OS CRISTÃOS REFUTANDO OS JUDAIZANTES. 
Estudo seg Carta aos Filipenses. 
1) Eram aqueles “que adoravam pelo Espírito de Deus”. A palavra traduzida na NIV como “adoração” (latreuo) é usada na LXX [septuaginta] e no livro de Hebreus para se referir ao serviço dos sacerdotes no templo (Êx 23.25; Dt 6.12; Hb 8.5; 10.2). A palavra é também usada em Romanos 12.1, onde Paulo incita seus ouvintes a oferecerem seus corpos a Deus como sacrifício, bem como um “ato de adoração espiritual”. Paulo continua a encorajar os cristãos romanos a permitirem que suas mentes sejam renovadas e suas vidas capacitadas pelo poder do Espírito, exercitando seus dons para servirem uns aos outros (12.2-8).
2) Os cristãos filipenses não deveriam ter como orgulho quaisquer sinais físicos que demonstrassem sua condição de comunhão, porém, antes, deveriam orgulhar-se em Cristo e na sua obra. Não deveriam depositar a sua confiança em regra e rituais respeitados ou valorizados por aqueles que viviam sob a lei Mosaica. O motivo de orgulho do cristão nunca deveria consistir em ser irrepreensível com respeito aos mandamentos da lei (3.4). A verdadeira circuncisão é formada por aqueles que colocam sua fé somente em Cristo, e que têm nEle seus motivos de orgulho.
 3) “A [verdadeira] circuncisão” são aqueles que não depositam nenhuma confiança na carne. Para Paulo, a idéia de “carne” (sarx) significou frequentemente um “local natural” de existência humana (Rm 9.3; 1Co 10.18), mas usa frequentemente a palavra em um sentido teológico para se referir à condição da humanidade em rebelião contra Deus. A consequência final de ser dominado pela carne é a morte (Rm 8.6). O cristão é chamado a crucificar a carne e as suas obras e viver de acordo com o Espírito (Gl 5.16ss). Deste modo, sarx traz consigo um significado duplamente nítido em Paulo: (a) É renúncia sincera a toda e qualquer observância da lei cerimonial, como a circuncisão, que alegue poder alcançar a salvação; (b) Paulo, à luz do uso mais amplo do termo sarx, expõe as ações dos judaizantes ao que realmente são: obras realizadas em rebelião contra Deus.
 Paulo mostra que a espiritualidade dos judaizantes está em manter a lei; sua glória está em suas realizações; e sua confiança em cerimônias e costumes religiosos exteriores. Caso alguém pense que Paulo tenha exagerado nesta ênfase, basta olhar para sua vida e veremos que ele sabe o que está dizendo. Antes de se tornar um cristão, ele mesmo aceitava as convicções judaicas.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Refutando o Espiritismo

O ESPIRITISMO
O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de ser o maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte, devido ao fascínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes de pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento, e alienadas de Deus.
Alheio a Palavra de Deus, e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído numa espécie de “profundezas de Satanás”, pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios.
I. RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO
O espiritismo se constitui no mais antigo engano religioso já surgido.
Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque.
1. 1. ESTRANHOS FENÔMENOS.
Em dezembro de 1847, Margaret e Kate Fox, respectivamente de doze e dez anos, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A princípio julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares, e uma mão fria tocou no rosto duma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí, as meninas criaram um meio de comunicar-se com o autor dos ruídos, que respondia perguntas com um determinado número de pancadas.
1. 2. EXPANSÃO DO MOVIMENTO.Partindo desse acontecimento que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali solo fértil onde a semente do superticionismo espírita haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países de Europa também foram visitados com sucesso pelos espíritas norte-americanos, na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lião, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser ela a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia Ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer a 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou o Livro dos Espíritos, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou todas a literatura afim disponível na Inglaterra e nos Estados unidos, e dizia ser guiado por espíritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a idéia da reencarnação. De 1861 a 1867, publicou quatro livros: Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e Gênesis.
O homem dotado de características físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi apóstolo das novas idéias que haveriam de influir na organização do espiritismo. Fundou a Revista Espírita, periódico mensal editado em vários idiomas. Ele mesmo assentou as bases da “Sociedade Continuadora da Missão de Allan Kardec”. Morreu em 1869.
II. SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO
Embora consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os.
Próprios espíritas preferem admitir haver diferentes formas de espiritismo, assim designadas:
1; 1. ESPIRITISMO COMUM.
Dentre as muitas práticas dessa classe de espiritismo, destacam-se as seguintes:
a) Quiromancia – Adivinhação pelo exame das linhas das mãos. Mesmo que “quiroscopia”.
b) Cartomancia – Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar
c) Grafologia – Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.
d) Hidromancia – Arte de adivinhar por meio da água.
e) Astrologia – Estudo e/ou conhecimento da influência dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecida como “uranocospia”.
1. 2. BAIXO ESPIRITISMO

O baixo espiritismo, também conhecido como espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes práticas:
a) Vudu – Culto de negros, antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual católico. Praticado principalmente no Haiti.
b) Candomblé – Religião dos negros ioruba, na Bahia.
c) Umbanda – Designação dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, do catimbó e outros cultos sincréticos.
d) Quimbanda – Ritual da macumba que se confunde com os do umbanda.
e) Macumba – Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de religiões indígenas brasileiras e do catolicismo.
2. 3. ESPIRITISMO CIENTÍFICO.
O espiritismo científico é também chamado “alto Espiritismo”, “Espiritismo Ortodoxo”, “Espiritismo Profissional” ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, como “sociedade”, como, por exemplo, a LBV (Legião da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida também como:
a) Ecletismo – Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade.
b) Esoterismo – Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.
c) Teosofismo – Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que têm por objetivo a união do homem com a divindade mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado por Helena Petrovna Blavastky, mística norte-americana (1831-1891), fanática adepta do budismo e do Iamaísmo.
2. 4. ESPIRITISMO KARDECISTA.
O espiritismo Kardecista é a classe de espiritismo comumente praticada no Brasil, e tem, como principais, entre as muitas teses, as seguintes:
a) Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados.
b) Crença da reencarnação.
c) Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos.
d) Crença na pluralidade dos mundos habitados.
e) A caridade é virtudes únicas, aplicadas tanto aos vivos como aos mortos.
f) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando num mundo longínquo.
g) Mais perto dos homens estão os “espíritos-guia”.
h) Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.
Evidentemente, o diabo é um demagogo muito versátil e maleável, capaz de muitas transformações. Aos psicólogos, ele diz: “Trago-vos uma nova ciência”. Aos ocultistas, assevera: “Dou-vos a chave para os últimos segredos da criação”. Aos racionalistas e teólogos modernista, declara: “Não estou aí. Nem mesmo existo”. Assim faz o espiritismo: muda, de roupagem, como o camaleão muda de cor, de acordo com o ambiente, ainda que, na essência, continua sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabólico.
III. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO
A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir. Sobre este assunto, escreveu Allan Kardec: “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição… A reencarnação é à volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho Segundo o Espiritismo).
2. 1. A BÍBLIA NEGA A REENCARNAÇÃO
A Bíblia jamais faz qualquer referência à palavra “reencarnação”, tampouco a confunde com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Francisco da Silveira Bueno, “Reencarnação é o ato o u efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito; enquanto que a palavra” “ressurreição”, no grego, é “anastasis” e “égersis”, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra.
No latim, “ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo, após a morte física.
3. 2. Ressurreição na Bíblia

No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno, final – o de Jesus. Este foi diferente, porque foi ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato de ele ser Jesus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se ele o primeiro da ressurreição real (I Cor 15:20-23).
A expressão “ressurreição dentre os mortos” , como em Lucas 20:35 e Filipenses 3:11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20:36). A dita expressão é tradução correta do original. A palavra “dentre” indica que os mortos ímpios continuarão sepultados quando os santos ressurgirem.
Os sete outros casos de ressurreição na Bíblia, por ordem, são: a) o filho da viúva de Serépta (I Rs 17:19-22); b) o filho da sunamita (II Rs 4:32-35); c) o defunto que foi lançado na cova de Eliseu (II Rs 13:21); d) a filha de Jairo (Mc 5:21-23,35-43); e) o filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17); f) Lázaro (Jo 11:1-46); g) Dorcas (At 9:36-43).
O caso da ressurreição de Jesus, que, como já dissemos, é diferente, acha-se registrado em Mateus 28:10-10; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-12; João 20:1-10 e I Corintos 15:4, 20-23.
Quanto à ressurreição propriamente dita, escreve Allan Kardec: “A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos”.
É evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Vamos citar apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.
3.2.1 Lázaro.
O testemunho de João capítulo 11 é que Lázaro:
a) Estava morto (vv. 14, 21, 32,37);
b) Estava sepultado já havia quatro dias (vv. 17,39);
c) Já cheirava mal (v. 39);
d) Ressuscitou ainda amortalhado (v. 44);
e) Ressuscitou com o mesmo corpo e coma mesma aparência, que possuía antes de morrer (v. 44).
1.2.1 Jesus.
O testemunho da Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo, é que:
a) Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19:33).
b) José de Arimatéia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19:38-42).
c) Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24:6).
d) Mesmo depois de ressuscitado, ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24:39; Jo 20:27).
1.3. Uma teoria Absurda.
Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, usaram a versão bíblica do padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 do citado capitulo de João: “Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que renascer de novo” (o grifo é nosso), quando o versículo naquela versão é escrito da seguinte forma: “Na verdade, na verdade, te digo, que não pode ver o reino de Deus, senão aquele que nascer de novo” (o grifo é nosso).
“Renascer” já significa nascer de novo, enquanto que “renascer de novo” se constitui numa intolerável redundância, mas não sem próprio por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.
IV. JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?
Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discípulos: – “Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus respondeu: – De fato Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram… Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista” (Mt 17:10-13).
3.1. Opinião Espiritista
Prevalecendo-se do literalismo destas passagens, escreveu Allan Kardec: “A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade…” “É ele mesmo o Elias, que havia de vir”. Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, pags, 25-27).
4.2 Objeção Bíblica
Um dos conceitos de hermenêutica mais conhecido é aquele que diz que a Bíblia interpreta-se a si mesma. Portanto, somos impedidos de lançar mãos de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar o mais simples dos seus ensinos. A bíblia mesma dá respostas às suas indagações. À pergunta: – João Batista era Elias encarnado ou não? Ele mesmo responde a esta indagação, dizendo: – “Não sou” (Jo 1.21).
Sobre João Batista, diz Lucas 1:17: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Isto não quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria peculiaridade do ministério de Elias. De fato, A Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João Batista e Elias. Embora o refrão popular: “Tal pai, tal filho”. Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnação do outro, mas sim, que existem hábitos comuns entre ambos.
2. 3. Cinco Pontos a considerar
Dentre as muitas razões pelas quais cremos que João Batista não era Elias reencarnado, queremos citar as seguintes:
• Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc 9:7-8).
• Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado, ao mesmo tempo (Lc 9:7-9).
• Se reencarnação é o fato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, já que este não morreu, pois foi arrebatado vivo ao céu (II Rs 2:11).
• Se João Batista fosse Elias, quem primeiro teria conhecimento disso teria sido ele mesmo e não os judeus ou os espíritas. Àqueles que lhe perguntaram: – És tu Elias?”, ele respondeu desembaraçadamente:-” “Não sou”. (Jo 1:21)
• Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt 17:18).
Fica mostrado, portanto, que as Bíblias não apóia a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados “fatos comprovados” da reencarnação, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.
V. A INVOCAÇÃO DE MORTOS
Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o espiritismo ruinará irremediavelmente.
5.1. O que a Bíblia Diz.
Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:
“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem que consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque nações, que hás de possuir, ouvem os prognasticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa” (Dt 18:9-14).
Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro O céu e o inferno, aduzem Allan Kardec: “… Moisés devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem Ter semelhança e pontos de contatos com o inimigo”.
5.2. Deus Condena a Invocação de Mortos.

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas.
A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. As práticas de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações, mentiras farsas e manifestações de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos, espíritos enganadores, manifestam-se, identificando-se com pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.
O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram entre dentes; não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos? À lei e o Testemunho! Se eles não falarem segundo estas palavras, nunca verão a alva” (Is 8:19-20).
5.3. Estado dos Mortos. 
O testemunho geral das Escrituras é que os mortos devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada que se faz e acontece na Terra. Consulte os seguintes textos: Eclesiastes 9:5-6; Salmo 88:10-12; Isaías 38:18-19; Jó 7:9-(10).
Nenhum dos textos bíblicos mencionados contradiz a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna. Os citados textos mostram, sim, que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na Terra.
VI. SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR
(Antes de prosseguir, tome a sua Bíblia abrindo-a no capítulo 28 de I Samuel. Leia todo esse capítulo e em seguida volta à leitura deste livro).
Concluída a leitura desta porção das Escrituras, vem à mente pergunta, tais como: É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita da En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião. Essa também era a opinião de alguns dos mais destacados líderes da Igreja dos primeiros séculos, entre eles, Justino Mártir e Orígenes. Já Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam que um demônio apareceu em forma de pessoa, personificando Samuel.
6.1. Análise do Caso.
Até mesmo uma despretensiosa análise de I Samuel 28, mostra com clareza meridiana que um espírito de engano, e não Samuel foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a opinião de que Samuel apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:
a) Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte duma prática que o próprio Deus condenou (Dt 18:9-14).
b) Após informar a Saul que Deus o tinha rejeitado, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei.
c) Se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso, se Deus e não Saul lhe tivesse ordenado; nem dizendo que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vv. 15-16).
d) Saul mesmo disse que Deus não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (vv. 6,15), pelo que Deus, no último momento,
• Não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação;
• Não teria entrado em contradição com sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7:9-10; Ec 9:5-6; Lc 16:31);
• Não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é mau como antes Ele mesmo dissera ser (Dt 18:9-14);
• Não teria afirmado que Saul deveria morrer por causa da consulta feita à médium (I Cr 10:13).
e) Saul disse à médium a quem deveria chamar.
De acordo com o estudo dos fenômenos psíquicos, a médium teria lido na mente de Saul qual seria a aparência de Samuel, e a descrevera como Saul costumava vê-lo.
f) a médium temeu porque:
• Em seu transe ela reconheceu Saul (v. 12) que era conhecido como inimigos das práticas espiritistas; ou.
• Ela viu um espírito adejando por cima da aparição que com “prodígios de mentira”, se fazia passar por Samuel.
g) Saul mesmo não viu Samuel. De acordo com a descrição da médium, foi que ele mesmo supôs que a personagem descrita era Samuel.
h) Quanto à profecia abordada durante a sessão em En-Dor, J. K. Van Baalen, no seu livro O Caos das Seitas, dá as seguintes possibilidades:
• A mulher percebeu o medo de Saul, de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse;
• A mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (I Sm 15:15, 18), que vinha perseguindo Saul (I Sm 16:2; 20:31, etc.), pelo que lhe disse que ele esperava ouvir;
• Se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher Ter-se-ia lembrada da profecia de Samuel, fazendo uso dela.
i) Não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. Em todos os tempos o salário do pecado é a morte. No capítulo 15 de I Samuel, a questão dessa guerra já havia sido levantada bem antes de Saul consultar a médium.
j) A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos.
5.2. Profundezas de Satanás
A melhor maneira de se definir o espiritismo é chamá-lo de “Profundezas de Satanás” (Ap 2:24). Assim devemos Ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás:
• É pai da mentira (Jo 8:44).
• Sabe imitara realidade com os seus embustes (Êx 7:22; 8:7);
• Se transforma em anjos de luz (II Cor 11:14);
• Tem o poder de operar milagres (II Tes. 2:9).
Aqueles que se envolvem com o espiritismo estão sob as malhas da rede de Satanás, correndo o perigo de jamais de libertarem dela.
VI. PODEM OS MORTOS AJUDAR AOS VIVOS
Para saber se os mortos podem ajudar ou não os vivos, leia a história do rico e Lázaro, contada por Jesus no Evangelho de Lucas 16:19-31. Precisamente os versículos 22 23, dizem: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E o Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio”.
7.1. Um Quadro Contrastante

Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso de Deus, enquanto que o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, donde em agonia, clama: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (v. 24).
Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento daquele infeliz; porém, o pai Abraão respondeu: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá parar para cá” (vv. 25-26).
7.2. Algumas conclusões Desta Passagem.
Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que chegamos são:
a) A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que viveu aqui na terra: Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto que os homens ricos, vaidosos e indiferentes às necessidades dos outros, morreu e foi levado para o inferno de trevas e sofrimento.
b) O lugar onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno, e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos espíritos.
c) Se o homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, abre-se-lhe uma porta de escape após a morte, como admite o espiritismo, o Evangelho de Cristo deixa de ser o que é, enquanto que o sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia.
d) Se um falecido pudesse, de alguma forma, ajudar os seus antes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro ou dos mortos à casa dos seus irmãos, afim de adverti-los do perigo de cair no inferno; ele mesmo teria feito isto.
e) Se fosse possível que o espírito dum falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes deste.
f) Tudo quanto o homem precisava conhecer concernente, à salvação e à vida eterna acha-se exarada nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo.
Toda revelação divina escrita encerra-se nas seguintes palavras de Jesus Cristo: “Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro” (Ap 22:18019).
Assim, os chamados “bons ensinamentos” dos espíritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois apresenta-se nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus – a Bíblia Sagrada.
VII. DE DEUS NÃO SE ZOMBA
Correm grandes perigos as pessoas que se dão às tristes aventuras e experiências espiritistas. Para ilustrar isto, usaremos a história do bispo episcopal, James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim, e o relacionamento de ambos com o espiritismo. Esta história foi publicada no Anuário Espírita de 1971. Reportam-nos a ela como meio de oferecer-lhe, leitor, subsídios no combate ao erra espiritista, e para advertir aqueles que se estão deixando iludir por esses ensinos de demônios.
7.1 – A TRÁGICA MORTE DE JIM
Pike tinha um único filho, Jim, belo e culto rapaz. Em 1966, pai e filho encontravam-se na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar aos Estados Unidos. Voou para Nova Yorque, e ali, no seu quarto de hotel, matou-se com um tiro. Jim tinha dificuldades em se relacionar com as pessoas. Era arredia mesmo em relação ao pai, e, por ironia, só depois da morte, através de médiuns americanos e Ingleses, teria conseguido, segundo o relato, comunicar-se com Pike. Jim tinha 22 anos, sua morte arrasou o pai. Tudo era mais dramático porque, por incrível que possa parecer, Pike não cria na vida após a morte. Ele fora seminarista e se desiludira com o catolicismo; mesmo com bispo episcopal, sua situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas da religião, via-se constantemente atacado e não poucas vezes taxado de herege.
7.2 – COISAS ESTRANHAS COMEÇAM A ACONTECER
Após os funerais do filho, nos Estados Unidos, Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer; roupas eram atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes, etc.
Como qualquer pessoa que se envolve com o espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em lugar de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém que pudesse explicar tais fenômenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato a médium inglesa Ena Twigg. Uma sessão foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquele que julgou ser o espírito do seu filho Jim. O espírito dizia: “Tenho sido tão infeliz!” Instado pelo pai, respondeu que não acreditara em Deus como uma pessoa, mas que, agora, acreditava na eternidade.
Acrescenta o Anuário: “Além disso, o rapaz exortou-o a prosseguir em suas pesquisas e predisse que o pai abandonaria sua igreja. Pike mostrou-se constrangido, mas Jim insistiu:” “Você fará”. Isto ocorrerá no dia 1º de agosto.
7.3 – Pike DEIXA A IGREJA
Logo após voltar à América, Pike entrou em contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual participou do programa de televisão. No citado programa, Ford ficou em transe, transmitiu mensagens que ele, serem de Jim e Pike. O programa produziu tão grande escândalo, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deixá-la.
Não muito depois da morte de Jim, após ingerir forte dose de barbitúricos, morre à senhora Marem Bergrud, secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Certos dias, estando ela melhor de saúde, os espíritos segredaram-lhe ao ouvido que, se pusesse fim a sua vida, poderia perpetuar aquele estado. Foi o que ela fez. Com a morte do filho e agora da secretária, Pike ficou quase arrasado, mesmo assim continuou buscando fenômenos relacionados com o além-túmulo.
7.4 – O OUTRO LADO
Pike juntou todo o material das sessões espíritas das quais havia participado, e escreveu o livro O OUTRO LADO. Pike foi presa fácil, caindo sob armadilha do espiritismo sem nenhuma resistência. Ao abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psíquicos, num dos seus diálogos com o suposto espírito e Jim, indagou se o filho ouviria falar de Jesus, ao que ele respondeu: – “Meus mentores dizem: -” “Jim, você ainda não está em condições de compreender”. Eu não encontrei, mas todos falam a respeito dele como um místico, um vidente. Eles não o mencionam como o salvador, mas como um exemplo. Você compreendeu? Eu preciso dizer-lhe: Jesus é triunfante. Você não pode me pedir que lhe diga o que ainda não compreendo. Ele não é o salvador, isto é muito importante, mas um exemplo”. Acrescenta o Anuário: “… agora Pike julga-se um cristão autêntico”.
7.5. A Lei da Semeadura e da Colheita.
Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Jesus andou e exerceu o seu ministério. A bíblia já não valia coisa alguma. Jesus, o Cristo o Filho de Deus, não passava de um místico, um vidente, nada mais que isto. Ali aconteceu o que certamente ele não previra: no dia 7 de setembro de 1969 o seu corpo foi achado sem vida, quase que completamente encoberto pela areia dos desertos próximos do mar Morto.
Vale a pena lembrar e citar as palavras do apóstolo Paulo, quando diz: “não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6:7-8).
VIII. VOCABULÁRIO ESPIRITISTA.
Assim como a pessoa é conhecida pelo vocabulário que usa, de igual modo o espiritismo é mais bem identificado por seu vocabulário, usado para comunicar os seus enganos. É evidente que muitas das palavras seguintes, usadas no linguajar espiritista, podem Ter diferentes sentidos, por exemplo, de acordo com a ciência. Porém, na relação a seguir, vamos dar o significado de cada palavra, de acordo com a interpretação dada pelo próprio espiritismo.
8.1. Palavras de Engano.
Do grande universo de termos usados pelo espiritismo, destacam-se os seguintes:
• MÉDIUM – Pessoa a quem se atribui o poder de comunicar com os espíritos de pessoas mortas.
• MEDIUNIDADE – É o fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente duma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do médium que recebe o controle e o domínio do seu próprio corpo.
• CLARIVIDÊNCIA E CLARIUNDIÊNCIA – Fenômenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo de ligação e comunicação entre o mundo visível e o invisível.
• LEVITAÇÃO – Força psíquica por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde o objeto ou uma pessoa se pode elevar do solo. É muito praticada na parapsicologia, que é uma falsa ciência.
• TELEPATIA – Comunicação por via sensorial entre duas mentes à distância; transmissão de pensamento.
• CRIPTESTESIA – É o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum vive.
• PREMONIÇÃO – Sensação, pressentimento do que vai acontecer.
• METAGNOMIA – É a resolução de problemas matemáticos, obras artísticas que se produzem e línguas desconhecidas que se decifram. (Lembre-se de que isto nada tem a ver com nenhum dos dons do Espírito Santo).
• TELECINÉSIA – Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais, alterações de balanços sem o que de mãos.
• IDIOPLASTIA – É a alteração do corpo físico em virtude do pensamento.
8.2. CARACTERÍSTICAS DESSES FENÔMENOS
Cássio Colombo, num “Estudo sobre o Espiritismo”, chama a nossa atenção para o fato de que esses “fenômenos”:
1º Não são fatos comuns da vida; antes, impressionam pela sua anormalidade.
2º Ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem o de nome de “clarividentes” ou “médiuns”.
3º Todos são, pelo menos na aparência fatos inteligentes.
4º São fenômenos que ninguém tem a consciência de causas. Daí a atribuí-los cada qual a outrem, ou seja, não há entidade responsável pelos trabalhos.
5º Os fenômenos metapsíquicos independem de espaço e de tempo. Há conhecimentos direto, imediato.
6º Há condições necessárias para as manifestações metapsíquicas: concentração, penumbra, etc. O medo, a desconfiança e o sarcasmo perturbam essas manifestações.
7º Há quase sempre o que se tem chamado de projeção, isto é, os fenômenos são objetivos e não subjetivos. Não há alucinações.
8º As mensagens mediúnicas são muitas vezes apresentadas de modo simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida.
9º Os fenômenos referidos várias vezes ocorrem na hora da morte, suponha-se que, neste caso, os fenômenos surjam por causa da tensão emotiva e das condições vitais que, fugindo à regra, permitem a manifestação das forças latentes do espírito.
10º Há comportamento nas manifestações metapsíquicas que parecem expressar existência de personalidades dos que tomam parte da sessão. É o caso da fraude e da fantasia comuns no espiritismo.
IX – O ESPIRITSMO E AS SUAS CRENÇAS.
Já dissemos que as duas principais estacas de sustentação do Espiritismo são o dogma da reencarnação e a alegada possibilidade de os vivos se comunicarem com os espíritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista é muito mais que isto, como é mostrado a seguir:
9.1. COMPLEXO DOUTRINÁRIO
O conjunto de doutrinas do espiritismo é grande e complexo. Na verdade se constitui num esquema de negação de toda a doutrina bíblica cristã. Veja, por exemplo, o que crê o espiritismo acerca dos seguintes temas da doutrina cristã.
9.1.1. DEUS
“Ab-rogamos a idéia de um Deus pessoal” (The Physical Phenomena In Spiritualism Revealed).
“Deve-se entender que existem tantos deuses quantas as mentes que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, ou três, mas muitos” (The Banner of. Light, 03/02/1866).
9.1.2. CRISTO
“Qual o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo” (Spiritual Telegraph, n. º 37).
“Cristo foi um homem bom, não poderia Ter sido divino, exceto no sentido, talvez em que todos somos divinos” (Mensagem por um “espírito”, citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretation).
9.1.3. A EXPIAÇÃO
“A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago… a razão dessa doutrina é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante!… – Porventura o sangue não ferve de indignação ante tal doutrina?” (Médium and Daybreak).
9.1.4. A QUEDA
“Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem” (A. Conan Doyle).
“Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à matéria” (The True Light).
9.1.5. O INFERNO
“Posso dizer que o inferno é eliminado totalmente, como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo o homem sensato. Essa idéia odiante, e blasfema em relação ao Criador, originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal, quando os homens eram assustados com as chamas, como as feras são espantadas pelos viajantes” (A. Conan Doyle, em Outlines of. Spiritualism).
9.1.6. A IGREJA

“Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao fazê-lo passo a passo à tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase não se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio às trevas espessas… Por mais de mil e oitocentos anos chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano como já fazia há mil e oitocentos anos” (Mind and Matter, 08/-5/1880).
“Se o cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o cristianismo deve desaparecer. São as antíteses um do outro… (Mind and Matter, junho de 1880)”.
9.1.7. A BÍBLIA.

“Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para o público” (Outline of. Spiritualism).
“Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia, porque, além de a conhecermos mal, encontramos nela misturado com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos” (Carlos Imbassaby), (O Espiritismo Analisado).
X. REFUTAÇÃO BÍBLICA DESSAS AFIMAÇÕES ERRADAS.
A Bíblia Sagrada, a espada do Espírito Santo, lança doutrina espiritista por terra, e declara em alto e bom som, que:
10.1. DEUS.
a) É um Ser pessoal (Jo 17:3; Sl 116:1-2; Gn 6:6; Ap 3:19);
b) É um Ser único (Dt 6:4; Is 5,18; I Tm 1:17; Jd 25).
10.2. JESUS CRISTO.
a) Foi superior aos homens (Hb 7:26);
b) É apresentado na Bíblia como profeta, sacerdote e rei, e nunca como médium (At 3:19-24); Hb 7:26-27; Fp 2:9-(11).
10.3. A EXPIAÇÃO.a) Foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2:14);
b) É alcançada como conseqüência da fé (At 10:43);
c) É adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça (Ef 1:7).
10.4. A QUEDA.
a) Sobreveio como conseqüência da desobediência de Adão (Rm 5:12, 15,19);
b) Decorreu da tentação do Diabo (Gn 3:1-5; I Tm 2:14).
10.5. O INFERNO.a) Foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25:41);
b) Fica embaixo (Pv 15:24; Lc 10:15);
c) Será a habitação final e eterna dos perversos (Sl 9:7; Mt 25:41).
10.6. A IGREJA.
a) Foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16:18)
b) Jamais será vencida (Mt 16:18);
c) É guardada pelo Senhor (Ap 3:10).
10.7. A BÍBLIA.
a) É a Palavra de Deus (II Sm 22:31; Sl 12:6; Jr 1:12);
b) Foi escrita sob inspiração divina (I Pe 2:20-21);
c) É absolutamente digna de confiança (Sl 111:7);
d) É descrita como pura (Sl 19:8); espiritual (Rm 7:14); santa, justa e boa (Rm 7:12); ilimitada (Sl 119:96); perfeita (Sl 19:7; Rm 12:2); verdadeira (Sl 119:142); não pesada (I Jo 5:3).
Disse Henrique Heine, o famoso poeta alemão: “Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha vida e correra a taberna de filosofia, depois de me haver entregado a todas as politiquices do espírito e Ter participado de todos os sistemas possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia”.