sexta-feira, 28 de abril de 2017

O que a Bíblia diz sobre o armamento da população?




Por Hermes C. Fernandes


Seria a Bíblia favorável ao armamento da população? E o que diria Jesus acerca disso? Dar ao cidadão comum o direito de portar uma arma coibirá ou estimulará ainda mais a violência?

Pasmem, mas boa parte dos que se apresentam como seguidores de Jesus, o maior pacifista de todos os tempos, é favorável ao porte e uso de arma de fogo por parte do cidadão comum.

Tal postura se deve em muito ao fato de que muitas das denominações evangélicas brasileiras terem suas raízes nos Estados Unidos, país reconhecido como o de maior distribuição per capita de armas.
Pregadores sacam versos bíblicos para defender o armamento da população com a mesma rapidez com que pistoleiros sacavam suas armas num duelo no velho oeste.

De todas as passagens usadas, a considerada a “bala de prata” é, sem dúvida, a encontrada em Êxodo 22:2-3:
“Se um ladrão for achado arrombando uma casa e, sendo ferido, morrer, quem o feriu não será culpado do sangue. Se, porém, já havia sol quando tal se deu, quem o feriu será culpado do sangue; neste caso, o ladrão fará restituição total, mas, se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.”
Segundo eles, esta passagem autoriza o uso da arma para a defesa da propriedade, bem como da família. O que eles parecem desconsiderar é que tal concessão fora feita a um povo nômade em vias de se estabelecer numa terra sem lei, onde não havia qualquer tipo de policiamento, nem código penal, nem mesmo um governo organizado. Em outras palavras, era cada um por si. Ademais, se é para cumprir o mandamento ao pé da letra, sugiro que não usem a arma para matar, apenas para ferir, e que o façam à noite, jamais à luz do dia, e que, por fim, vendam o ladrão como escravo para pagar eventuais prejuízos.

Se a bala de prata falhar, os teólogos-pistoleiros recorrem à que poderia ser considerada a "bala de ouro". Afinal de contas, é o próprio Jesus que lhes dá munição. A passagem está registrada em Lucas 22:35-36:
“Então Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei sem bolsa, sacolas de viagem, ou sandálias, faltou-vos alguma coisa? Responderam eles: Nada. Disse-lhes: Pois agora aquele que tiver bolsa, tome-a, como também a sacola de viagem; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma.”

Quem ousaria contestar Jesus? Foi Ele mesmo quem, não apenas autorizou, mas ordenou que Seus discípulos comprassem armas. Lembre-se de que a espada era a arma mais letal daquela época, equivalente hoje a uma arma de grosso calibre. Mas antes que cheguemos a uma conclusão precipitada, que tal lermos o verso seguinte?
“Digo-vos que é necessário que se cumpra em mim o que está escrito: com os malfeitores foi contado...”
Numa época em que levantes populares eram frequentes, ao portar uma arma, um judeu estava transgredindo uma lei romana e, portanto, era considerado um malfeitor, um fora-da-lei.  

Apesar de ordenar o porte de arma aos seus discípulos naquele momento específico, Jesus não autorizou o seu uso. Pelo contrário. Quando Pedro quis dar uma de valentão, puxando da espada e ferindo um servo do sumo-sacerdote que estava na comitiva que vinha prender seu mestre, Jesus o repreendeu: “Guarda a tua espada, pois todos os que usarem a espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e ele me mandaria imediatamente mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras que dizem que assim deve acontecer?” (Mateus 26:52-54).

A razão pela qual os discípulos deveriam estar armados era a mesma pela qual não deveriam fazer uso de suas armas: o cumprimento das Escrituras.

Jamais foi propósito de Cristo endossar o porte, tampouco o uso de armas, mesmo sendo para autodefesa.

Paulo, o apóstolo dos gentios, declara que “embora vivendo como seres humanos, não lutamos segundo os padrões deste mundo. Pois as armas da nossa guerra não são terrenas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas! Destruímos vãs filosofias e a arrogância que tentam levar as pessoas para longe do conhecimento de Deus, e dominamos todo o pensamento carnal, para torna-lo obediente a Cristo...” (2 Coríntios 10:3-5 NVI). Em Romanos 13:12, ele diz que “a noite é passada, e o dia é chegado”, razão pela qual devemos rejeitar “as obras das trevas” e nos vestir “das armas da luz.” O arsenal de que dispomos é infinitamente mais eficiente do que qualquer armamento bélico. A única espada que devemos empunhar é a espada do Espírito que é a Palavra de Deus (Efésios 6). O resto, deixemos por conta das autoridades constituídas para prover nossa segurança. Se as políticas de segurança pública estão falhando, façamos uso de outra arma legítima e poderosa: o voto.

Armar a população não vai resolver o problema, mas poderá agravá-lo substancialmente.

Nos Estados Unidos, por exemplo, pode-se comprar armas de fogo em supermercados como o Walmart. Não é á toa que, vire e mexe, ocorrem tiroteios em escolas e faculdades. Imagine o povo latino, passional como é, tendo acesso às armas facilitado. Imagine alguém que numa briga de trânsito, em vez de contentar-se em xingar, resolve recorrer à arma guardada em seu porta-luvas.

O deputado Peninha (PMDB-SC), integrante das bancadas "da Bíblia" e "da Bala" é autor de um projeto de lei que pretende aumentar a circulação e o uso de armas no país. Recentemente, o parlamentar fez um post assustador, com a imagem de um revólver em cima de uma Bíblia com a seguinte legenda: "Bandido bom é bandido morto". Quanto cristianismo numa única imagem!

Onde é que foi parar o “não matarás”?  Como conseguiram suprimir os mandamentos de Jesus de que devemos amar nossos inimigos, oferecer a outra face, abençoar os que nos perseguem?

Alguns argumentam que enquanto a população for mantida desarmada, os bandidos farão a festa. Então, em vez de desarmar a bandidagem, a saída é armar o restante do povo? Vamos apagar fogo com fogo? Como garantir que os bandidos se inibiriam diante de uma população armada? Se eles não se inibem nem diante de policiais exaustivamente treinados para combate-los, por que se inibiriam diante de um chefe de família qualquer? Talvez isso fizesse com que mudassem a abordagem e já chegassem atirando, antes que pudesse haver uma reação.

O que nossa sociedade precisa é de desarmar seu espírito, de modo que possa entender que ninguém nasce bandido. O crime é resultado da injustiça predominante na sociedade. Onde há menos injustiça social, o índice de criminalidade é menor.

Em vez de munir a população com extintores para apagar o incêndio, não seria melhor impedir que o incêndio acontecesse? Medidas preventivas costumam ser mais efetivas do que paliativos usados para remediar.

Por essas e outras que digo não ao armamento. Que a espada esteja nas mãos de quem possua competência para manejá-la e não nas mãos de qualquer um que possa machucar a inocentes e a si mesmo. 

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Atitudes que não podemos ter

Tema: Atitudes que não podemos ter.

 Introdução: Toda a Bíblia foi-nos dada com o principal objetivo de ensinar-nos, logo, o livro do profeta Jonas, tem também lições preciosas que vamos compartilhar aqui. E essas são algumas lições apenas. Essas lições dizem que não podemos ser:

1.       Maliciosos - Jonas 1:1-2

Malícia é Inclinação para o mal é também intenção maldosa; a malícia se caracteriza por hipocrisia (Mt 22:18), injustiça, perturbação, engano (At 13:10), gritaria, amargura e ira (Ef 4:31), palavras torpes (Cl 3:8), imundícia (Tg 1:21). A biblia nos ordena a ser crianças na malícia (I Co 14:20), a despojar-nos dela (I Pe 2:1). A malícia caracteriza uma pessoa ímpia (Pv 14:32). Quando a biblia diz que Nínive era maliciosa, está dizendo que Nínive era dentre outras coisas: Hipócrita, injusta, ímpia.

2.       Fujões – Jonas 1:2

Társis aponta um lugar de fuga aqui. Jonas se levantou para fugir de Deus e foi até Társis. Társis era muito influente na época do A.T. se impotava de lá: ouro, madeira,  ferro, estanho e chumbo (Ez 27:12). Era um importante centro comercial. Aponta para tudo que quer tomar o lugar de Deus em nossas vidas, mesmo que isso seja
“Justificável”. A biblia diz que Jonas fugiu tendo como pretexto os atributos eternos de Deus (Jn  4:2), não podemos culpar Deus pelos nossos erros!

3.      Consentir com tudo. -  Jonas 1:5,10

Os marinheiros aqui consentiram com o mau comportamento de Jonas e sofreram perdas da carga do navio (Jn 1:5 a). Toda vez que nós consentimos com algo  contrário a palavra de Deus sofremos perda. A biblia diz que os marinheiros sabiam que Jonas vinha fugindo do SENHOR (Jn 1:10). Você tem consentido com algum mau hábito em sua vida? Você tem consentido com algum pecado?

Conclusão: Os sacerdotes do SENHOR foram postos para fazerem distinção entre o santo e profano (Lv 10:8-11). Você como sacerdote do SENHOR, tem feito distinção entre o santo e o profano em sua vida? Se não por que?

quarta-feira, 5 de abril de 2017

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