Estudo Bíblico:
O que você precisa saber sobre o HALLOWEEN – Dia das bruxas
Estudo Bíblico:
O que você precisa saber sobre o HALLOWEEN – Dia das bruxas
INTRODUÇÃO:
Qual seria a necessidade de um estudo sobre o Halloween se
esta é uma festa americana e de alguns países europeus?
Apesar desta festividade não ser muito conhecida pela maioria das pessoas no
Brasil, ela vem ganhando um grande espaço em nossa cultura através de escolas
primárias, escolas de inglês, TV, clubes, etc.
O QUE SÃO AS FESTAS DE HALLOWEEN ?
O Halloween acontece nas noites dos dias 31 de Outubro que
são geralmente celebradas com festas a fantasia, fogueiras e com crianças
fantasiadas de monstros, fantasmas, bruxas, etc., saindo de casa em casa
pedindo doces (brincadeira de “trick or treat”, “travessuras ou doces”).
Hoje, Halloween é um dia importante para os lojistas
americanos. É uma noite em que “as pessoas decentes se tornam exibicionistas
ultrajantes”. Sessenta por cento de todas as fantasias são vendidas a adultos.
No dia 31 de outubro, uma de cada quatro pessoas com idades
que variam de dezoito a quarenta anos vestem algum tipo de fantasia
representando certo personagem.
Para os leitores psíquicos, clarividentes e os que se
declaram visionários, este é o dia mais agitado do ano. As editoras que
publicam livros que vão desde astrologia até bruxaria registram um aumento
colossal nas vendas. Salém, no Estado de Massachusetts, sede da bruxaria
norte-americana, celebra na época do Halloween, o “festival da assombração”,
para expandir a temporada de verão.
SIMBOLISMO E SUAS ORIGENS :
Definição: “Hallowed” é uma palavra do Inglês antigo que
significa “santo”, e “e’en” também de origem inglesa significa “noite”, então o
significado é “Noite Santa” ou “All Hallows Eve”, “Noite de Todos os Santos”.
O dia 31 de outubro não é uma escolha por acaso. No
calendário celta, este é um dos quatro principais dias de descanso das bruxas,
os quatro dias de “meio trimestre”. O primeiro, 2 de fevereiro, conhecido como
Dia da Marmota, honrava a Brigite, a deusa pagã da cura. O segundo, um feriado
de maio chamado Beltane, era entre os bruxos, o tempo de plantar. Neste dia os
druidas executavam ritos mágicos para incentivar o crescimento das plantações.
O terceiro, uma festa de colheita em agosto, era comemorado em honra ao deus
sol, a divindade brilhante, Lugh. Esses três primeiros dias marcavam a passagem
das estações, o tempo de plantar e o tempo de ceifar, bem como o tempo da morte
e ressurreição da terra. O último, Samhain, marcava a entrada do inverno. Nesse
tempo, os druidas executavam rituais em que um caldeirão simbolizava a
abundância da deusa. Dizia-se que era tempo de “estado intermediário”, uma
temporada sagrada de superstição e de conjurações de espirito.
Para os druidas, 31 de outubro era a noite em que Samhain
voltava com os espíritos dos mortos. Eles precisavam ser apaziguados ou
agradados; caso contrário, os vivos seriam ludibriados. Acendiam-se enormes
fogueiras nos topos das colinas para afugentar os espíritos maus e aplacar os
poderes sobrenaturais que controlavam os processos da natureza. Recentemente
alguns imigrantes europeus, de um modo especial os irlandeses, introduziram o
Halloween nos Estados Unidos. No final do século passado, seus costumes se
haviam tornado populares. Era ocasião de infligir danos às propriedades, e
consentir que se praticassem atos diabólicos não tolerados noutras épocas do
ano.
A Igreja Católica celebrava originalmente o “Dia de Todos os
Santos” no mês de maio e não dia 1 de novembro como é feito atualmente. O Papa
Gregorio III, em 835, tentando apaziguar a situação nos territórios pagãos
recém conquistados no noroeste da Europa, permitiu-lhes combinar o antigo
ritual do “Dia de Samhain” ou “Vigília de Samhain” (algo parecido com o que os
católicos fizeram no Brasil com os deuses africanos e os santos da igreja no
tempo da escravidão). O Panteão de Roma, templo edificado para adoração de uma
multiplicidade de deuses, foi transformado em igreja. Os cristãos celebravam
ali o dia dos santos falecidos no dia posterior ao que os pagãos celebravam o
dia de seu Senhor dos Mortos.
DRUIDAS
Estes eram membros de um culto sacerdotal entre os celtas na
antiga França, Inglaterra e Irlanda que adoravam deuses semelhantes aos dos
gregos e romanos, mas com nomes diferentes. Pouco se sabe sobre eles, pois os
sacerdotes passavam seus ensinamentos apenas oralmente jurando e fazendo jurar
segredo. Algumas práticas porém são conhecidas. Eles moravam nas florestas e
cavernas, e diziam dar instruções, fazer justiça e prever o futuro através de
vôo de pássaros, do fogo, do fígado e outras entranhas de animais sacrificados.
Os druidas também ofereciam sacrifícios humanos e tinham como sagrados a lua, a
“meia-noite”, o gato, o carvalho, etc. Os druidas foram dizimados pelos romanos
na França e Inglaterra antes do final do primeiro século, mas continuaram
ativos na Irlanda até o quarto século.
BRUXAS E FANTASMAS
Os antigos druidas acreditavam que em uma certa noite (31 de
outubro), bruxas, fantasmas, espíritos, fadas, e duendes saiam para prejudicar
as pessoas.
LUA CHEIA, GATOS E MORCEGOS
Acreditava-se que a lua cheia marcava a época de praticar
certos rituais ocultos. O gato estava associado as bruxas por superstição.
Acreditava-se que as bruxas podiam transferir seus espíritos para gatos, então
acreditava-se que toda bruxa tinha um gato. O gato era tido como “um espírito
familiar” e muitos eram mortos quando se suspeitava ser uma bruxa.
Os druidas também tinham os gatos como animais sagrados,
acreditando terem eles sido seres humanos transformados em gatos como punição
por algum tipo de perversidade. Representavam portanto seres humanos
encarnados, espíritos malvados, ou os “espíritos familiares” das bruxas. A cor
do gato originalmente não era um fator importante. O morcego, por sua
habilidade de perseguir sua presa no escuro, adquiriu a reputação de possuir
forças ocultas. O mamífero voador também possuía as características de pássaro
(para o ocultismo, símbolo da alma) e de demônio (por ser noturno). No período
medieval acreditava-se que demônios transformavam-se em morcegos.
CABEÇAS DE ABÓBORA (“JACK-O-LANTERNS”)
A lanterna feita com uma abóbora recortada em forma de
“careta”, veio da lenda de um homem notório chamado Jack, a quem foi negada a
entrada no céu, por sua maldade, e no inferno, por pregar peças no diabo.
Condenado a perambular pela terra como espirito até o dia do juízo final, Jack
colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco, para iluminar-lhe o caminho
através da noite. Este talismã (que virou abóbora) simbolizava uma alma
condenada.
“TRAVESSURAS OU DOCES – “TRICK OR TREAT”
Acreditava-se na cultura celta que para se apaziguar
espíritos malignos, era necessário deixar comida para eles. Esta prática foi
transformada com o tempo e os mendigos passaram a pedir comida em troca de
orações por quaisquer membros mortos da família. Também neste contexto, havia
na Irlanda a tradição, que um homem conduzia uma procissão para angariar oferendas
de agricultores, a fim de que sua colheitas não fossem amaldiçoadas por
demônios. Uma espécie de chantagem, que daí deu origem ao “travessuras ou
doces” “Trick or Treat”.
AS MÁSCARAS E FANTASIAS
As máscaras têm sido um meio de supersticiosamente afastar
espíritos maus ou mudar a personalidade do usuário e também de comunicação com
o mundo dos espíritos. Acreditava-se enganar e assustar os espíritos malignos,
quando vestidos com máscaras. Também em outras culturas pessoas tem usado
máscaras para assustar demônios que acreditavam trazer desastres como
epidemias, secas, etc. Grupos envolvidos com magia negra e bruxaria também usam
máscaras para “criar uma ligação” com o mundo dos espíritos.
AS FOGUEIRAS
A palavra inglesa para fogueira (de acampamento, festas,
etc.) é “Bonfire”. Alguém pode até pensar que quer dizer “fogo bom”, mas na
verdade vem de “Bone” (osso) + “Fire” (fogo). Nas celebrações da “Vigília de
Samhain” nos dias 31 de outubro, os druidas acreditavam poder ver boas coisas e
mal agouros do futuro através do fogo. Nestas ocasiões, os druidas construíam
grandes fogueiras com cestas de diversos formatos e queimavam vivos
prisioneiros de guerra, criminosos e animais. Observando a posição dos corpos
em chama, eles diziam ver o futuro. Mais tarde, mulheres, crianças, filósofos e
cientistas foram “assados” vivos por católicos, calvinistas e luteranos.
AS CORES LARANJA E PRETA
As cores usadas no Halloween, o laranja e o preto, também
tem sua origem no oculto. Elas estiveram ligadas a missas comemorativas em
favor dos mortos, celebradas em novembro. As velas de cera de abelha tinham cor
alaranjada, e os esquifes eram cobertos com tecidos pretos.
FEITIÇARIA NO PASSADO
Não só os católicos durante as atrocidades da Santa
Inquisição, mas também os seguidores de Lutero, durante a selvagem perseguição
aos anabatistas, e os calvinistas em sua feroz intolerância, promoveram
barbaridades e injustiças com a desculpa de estarem em “Guerra Santa”.
Acreditava-se que mulheres com poderes de feitiçaria podiam
lançar aos seus vizinhos toda espécie de sorte maléficas, como morte de gado,
perda de colheita, morte de filhos, etc. Segundo a tradição, o poder mais
pernicioso de tais bruxas era tornar seus maridos cegos a respeito da má
conduta de suas esposas e de fazer com que as chamadas feiticeiras gerassem
filhos idiotas ou aleijados. Como a caracterização de bruxas era a de velhas
megeras desdentadas com hábitos excêntricos e língua venenosa, muitas mulheres
com tais características foram mortas em Salem, nos EUA em 1692.
Vejam só a barbaridade: ter um filho com alguma deficiência
já caracterizava a mãe como bruxa ou feiticeira. Na Europa, a figura de
feiticeira era a de “uma moça linda e perversa”, e grande número de
adolescentes e jovens mulheres casadas foram mortas na Alemanha e França.
As primeiras perseguições ocorreram no séc. XIII e depois em
1484 com a Santa Inquisição. O papa Inocêncio II recomendava que seus
inquisidores torturassem até obter provas. Durante a Revolução Protestante essa
caça assumiu proporções absurdas. Lutero aconselhava que se matasse feiticeiras
com menos consideração e misericórdia do que se tinha com criminosos comuns.
Sob o comando de Calvino em 1545, 34 mulheres foram
queimadas ou esquartejadas (vivas) sob acusação de serem ou praticarem
feitiçaria. Mulheres, moças e até crianças eram torturadas com agulhas enfiadas
sob suas unhas, assando-se os pés em fogueiras ou esmagando-se as pernas sob
grandes pesos “até que a medula espirrasse dos ossos”, tudo isso para
obriga-las a confessar “orgias repelentes com os demônios”. O ápice desta
histeria ocorreu no final do séc. XVI onde o número de vítimas pode ter chegado
a 30 mil. Durante essa época em cidades alemãs mais de 900 mulheres foram
mortas num só ano, não restando uma só mulher em algumas cidades. Até pessoas celebrizadas
por nós defendiam que pessoas fossem mortas sob simples suspeita de feitiçaria.
O HALLOWEEN HOJE
O Halloween tem outros aspectos negativos além de sua
herança pagã arraigada na bruxaria e sua ênfase sobre o diabo e as trevas.
Alguns vândalos estão mais interessados em brincadeiras de mau gosto do que em
festas. Há vários casos de criminosos e loucos distribuindo balas envenenadas
ou guloseimas contendo agulhas ou lâminas. Outro perigo é o de que os
motoristas não vêem as crianças com trajes típicos de cores escuras andando em
ruas escuras. Todavia, tais associações com o mal não indicam que os pais que
permitem celebrações do Halloween estejam colaborando com o diabo. Mas seria
difícil você pensar numa virtude positiva nos festejos do Halloween. Seu
simbolismo envolve demônios, fantasmas, morte, trevas, esqueletos, medo e
terror.
O QUE A BÍBLIA DIZ:
Sobre o culto ao medo: II Tim.1:7
Sobre um dia especial do mal: Salmos 118:24
O que Deus pensa dessa práticas e seus praticantes: Deut.18:9-14;
Isa. 8:19; Lev. 19:26, 31; 20:6-8; 20:27;
Sobre as chantagens da esmola: Salmos 37:25 No
Novo Testamento: Gal. 5:19-21; Apoc. 21:8; 22:15 Nossa resposta: Rom. 12:2; I
João 4:4; Efés. 6:12; I Pedro 5:8-9; II Cor. 2:11
REFLETINDO
Existe algo de ruim nisto? Quer dizer que esta simples
festividade com pessoas e crianças se fantasiando, pedindo doces é um
remanescente de antigas práticas de magia negra, culto aos mortos e outras
coisas sinistras?
TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES
Nos Estados Unidos foram proibidas as orações públicas. O
princípio do sectarismo tirou das escolas a celebração do Natal. Mas o
Halloween permanece. O abrigo de gatos de Chicago tem uma procura muito grande
de gatos pretos durante os festejos de Halloween. Temendo que os gatos
estivessem sendo usados em rituais macabros pelos que se auto-proclamam bruxos,
a Sociedade Protetora de Animais excluiu a adoção durante essa temporada.
No Brasil e no mundo estão aparecendo pessoas se
auto-intitulando bruxos.Simbolismo apenas? Pense em alguns símbolos e
analise-os. Há algum significado? Há alguma importância? Há alguma influência?
Exemplo: cabeça de abóbora, suástica, crânio com ossos cruzados, a cruz… Deve
uma igreja acolher tais festividades? Deve um crente participar de tais
festividades? Hoje, mais e mais casos de sacrifícios humanos ocorrem no mundo
ocidental justamente nesta época. Até os pais da Reforma Protestante cometeram
absurdos de injustiça nesta área. Não estaríamos nós celebrando a injustiça que
tanto desagrada a Deus? (Isaías 6.7-8). O assunto não é algo de extrema
importância. É simplesmente algo que devemos nos colocar a par para um
Posicionamento ético quando alguém nos perguntar sobre a questão.
Este estudo não é para dar mais “Ibope” ao diabo. Crentes
não devem temer o Halloween. Dia 31 de outubro continua sendo um dia que o
Senhor Deus criou. Não há espaço aqui para extremismo e nem para fobias.
Exemplo de extremismo característicos do povo Cristão: A primeira edição de “A
Origem das espécies” de Darwin, foi praticamente esgotada pela corrida dos
crentes para comprar o “livro herege”… nós financiamos a segunda edição do
livro e, provavelmente, a popularidade da teoria. Há uns 5 anos atrás várias
pessoas faziam palestras sobre a Nova Era e as igrejas estavam super alertas
para a simbologia e embaixadores desse movimento. Isso gerou uma verdadeira
“paranóia”, ao ponto de acusarem a Junta de Missões de “Nova Era”, por trazer o
desenho de um arco-íris, um dos supostos símbolos, em um de seus cartazes.
BIBLIOGRAFIA:
BURNS, E. M., Western Civilizations, Their History
and Their Culture, W. W. Norton & Co. Inc., New York, 1968.
ANKERBERG, J., Weldon, J., The Facts on Halloween:
What Christians Need to Know. Harvest
House, Oregon, 1996.
PHILLIPS,
P., Robie, J.,
H., Halloween and Satanism. Starburst, 1987.
HURT,
R., The History
of Halloween and the Word of God, not published (?).
MARGADONNA,
S., Halloween
Oct. 31: What’s It All About?, not published (?).
PHILLIPS
G., Halloween:
What It Is From a Christian Perspective, not published, Bay View Church,
Alabama: URL: http://www.webzonecom.com/ccn/cults/issu37.txt [Sept. 1997].
Damy e Doneivan F. Ferreira, Outubro, 1997