quinta-feira, 12 de março de 2020

O que é uma Igreja Batista?

A igreja batista nasceu a partir dos movimentos de reforma eclesiástica que agitaram o século 16. Mais especificamente, os batistas descendem da igreja inglesa que, com Henrique VIII, rompeu com o catolicismo romano, dando início à denominada Igreja Anglicana.
Para algumas pessoas que pertenciam à Igreja Anglicana, a reforma de Henrique VIII devia ser mais ampla, indo além de questões institucionais e atingindo áreas de fé e doutrina. Esses grupos, por desejarem um retorno ao Novo Testamento em sua forma mais pura, foram chamados de puritanos.
Entre os puritanos havia os separatistas que, além de se opor a certos aspectos teológicos da Igreja Anglicana, também não aceitavam o controle estatal da igreja, crendo que esta devia ser independente. Esses puritanos foram chamados de separatistas.
Evidentemente, a coroa inglesa não via com bons olhos os movimentos puritanos separatistas e os considerava ilegais. Por isso, muitos desses grupos fugiram da Inglaterra e se fixaram em vários países. Entre eles, em 1609, uma congregação liderada por John Smith (c. 1570-1612), refugiou-se em Amsterdã, na Holanda. Ali, John Smith teve contatos com os anabatistas e com os menonitas, sendo influenciado por esses movimentos no tocante a um retorno completo às Sagradas Escrituras, ao batismo somente de crentes e à rejeição do batismo infantil.
Em 1612, Thomas Helwys (c. 1550-1616) e outros membros da igreja fundada por Smith voltaram à Inglaterra e fundaram, em Londres, a primeira igreja batista. É interessante notar que essa igreja, a princípio, praticava o batismo por efusão, mas já detinha os outros traços distintivos dos batistas - a aceitação da Bíblia como autoridade final em matéria de fé e prática, a salvação pela graça mediante a fé somente, a separação entre a igreja e o Estado e o dever do governo de garantir a liberdade de consciência e de culto.
Os batistas de convicção calvinista, também chamados de batistas particulares, originaram-se em 1633, a partir de um cisma na igreja liderada por Henry Jacob, em Londres. Esse grupo, além de enfatizar as doutrinas reformadas, insistia no batismo dos crentes por imersão e tornou-se o segmento mais influente dentro do movimento batista inglês.
Espalhando-se para as mais diversas regiões do globo, os batistas muito cedo chegaram aos Estados Unidos. De lá veio para o Brasil o casal de missionários William e Anne Bagby. Por esse tempo, já havia batistas americanos em Santa Bárbara e Americana (SP), mas suas igrejas eram voltadas apenas para a colônia estrangeira. O casal Bagby, porém, em 1889, fundou, em Salvador, a primeira igreja batista brasileira. A partir daí os batistas se espalharam por todo o País e, em 1907, foi organizada a Convenção Batista Brasileira.

DEZ TRAÇOS DISTINTIVOS DOS BATISTAS 
1. Adoção da Bíblia como única regra de fé e prática (2Tm 3.16).
2. Ênfase na doutrina da salvação pela fé somente (Ef 2.8-10).
3. Destaque para o ensino do sacerdócio de todos os crentes (1Pe 2.9)
4. Separação entre Igreja e Estado com ênfase na independência da igreja (Mt 22.21).
5. Autonomia de cada igreja local que adota a forma de governo congregacional (Mt 18.17; At 6.1-6).
6. Cooperação entre as igrejas para a expansão do Reino de Deus (1Co 16.1-4).
7. Prática do batismo por imersão ministrado somente aos crentes (At 8.36-39).
8. Rejeição do batismo infantil (Mt 28.19).
9. Consideração do batismo e da Ceia do Senhor como símbolos de verdades espirituais e não como sacramentos (Rm 6.4; 1Co 11.24-25).
10. Rejeição de doutrinas pentecostais especialmente no tocante ao batismo do Espírito Santo acompanhado pelo dom de línguas (1Co 12.13,30).  

RESSALVAS 
1. Os batistas não são os seguidores de João Batista. Muitos identificam os batistas com os seguidores João Batista, mas esse entendimento é fruto apenas da intuição popular que percebe a igualdade dos nomes e automaticamente passa a crer que há qualquer ligação entre ambos. Esse modo de pensar, porém não tem qualquer amparo, mesmo porque João Batista e seus discípulos nunca fundaram qualquer igreja ou movimento religioso. O papel de João e seus discípulos se limitou a preparar o caminho para a vinda do Messias que é Jesus (Mt 3.1-3). Depois disso João saiu de cena (Jo 3.30). 
2. Os batistas não adotam a Teologia da Prosperidade. O ensino de que os crentes de fé terão prosperidade material e livramento de doenças, ensino este proposto pela chamada Teologia da Prosperidade não é ensinado nas igrejas batistas genuínas por não ter amparo bíblico. Na Palavra de Deus aprendemos que dificuldades físicas e financeiras advêm tanto a crentes como a incrédulos (Mt 19.23; Lc 16.22-23; Gl 4.13; Fl 2.25-27; 2Tm 4.20; Tg 2.5). 
3. Os batistas não têm comunhão com seitas paraprotestantes. Seitas paraprotestantes são aquelas cujos fundadores estiveram originalmente ligados de alguma forma a igrejas protestantes, mas romperam com elas por professarem doutrinas estranhas ao cristianismo histórico, fundando em seguida o seu próprio movimento. Todos esses movimentos, à luz da Bíblia, não podem ser considerados cristãos. Daí ser impossível a comunhão entre eles e as igrejas batistas que preservam seus princípios fundamentais (2Jo 10). 
4. Os batistas não praticam rituais comuns em outras igrejas ditas evangélicas. Rituais de quebra de maldição, supostas orações de poder, cultos de libertação espiritual, unção de objetos e coisas do gênero não são práticas adotadas pelos batistas ou por qualquer igreja bíblica. Na verdade, essas superstições servem apenas para desfigurar o nome de cristão e desviar o coração das pessoas da verdadeira mensagem do evangelho, fazendo-as crer em fábulas (Mt 7.21-23; 2Tm 4.3-4; 2Pe 2.1-3).


Extraído do  site da IBR

sexta-feira, 6 de março de 2020

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 Significado de Fascista

O que é Fascista:

Fascista é um adjetivo que define algo ou alguém adepto ao fascismo.
O termo fascista pode qualificar qualquer coisa que esteja relacionado aos ideais do fascismo, seja uma pessoa, um regime, uma atitude, etc.
Diz-se que algo ou alguém é fascista quando age de acordo com o fascismo, um regime político marcado por um governo ditatorial, autoritário e violento que ganhou força na Europa no início do século XX.
O fascismo teve início na Itália em 1921 através de um partido político liderado por Benito Mussolini. Em pouco tempo o movimento se espalhou para outros países da Europa, especialmente a Alemanha, onde foi adotado por Adolf Hitler.
Devido as características extremamente negativas do fascismo, o termo fascista é utilizado frequentemente como um insulto.

Características de uma pessoa ou regime fascista

As características de uma pessoa ou regime fascistas são:

Ênfase no militarismo e no uso da força

Os fascistas acreditam que a utilização da força e da violência é justificável para atingir seus objetivos. Por esse motivo, os regimes fascistas que ocorreram na Europa dedicavam quantidades desproporcionais de recursos para o financiamento de armas, negligenciando outras áreas como a saúde e a educação.
Em um governo fascista, a polícia é altamente militarizada e possui autonomia para lidar, de forma violenta, com problemas domésticos que normalmente não necessitariam de participação militar.

Autoritarismo e obsessão com punições

Os fascistas impõe seus ideais de forma autoritária. Os governos fascistas combatem de forma violenta qualquer manifestação contrária ao regime e procuram punir o máximo de indivíduos possíveis para desencorajar a população.

Machismo e discriminação das minorias

Os fascistas são extremamente machistas e preconceituosos com relação às minorias. Na Alemanha, o regime nazista defendia a exclusão das mulheres da política. Na Itália fascista, a maioria dos métodos contraceptivos eram proibidos e a homossexualidade era vista como doença.

Desvalorização dos direitos humanos

Por defenderem o uso da força e da violência, fascistas tendem a desvalorizar os direitos humanos. Nos governos fascistas a proteção da liberdade, da integridade física ou mesmo da vida não são prioridades.
A exemplo dos regimes fascistas ocorridos na Europa, o desprezo pelos direitos humanos era transmitido do governo para o povo, que passava a ser conivente com práticas violentas como prisões arbitrárias, torturas, atos públicos de violência e até mesmo execuções.

Nacionalismo exagerado e paranoico

Devido a fixação com o militarismo e o uso da força, fascistas alimentam um sentimento de nacionalismo exagerado e paranoico, geralmente baseados em um discurso de terror que provoca a insegurança da população.
Como exemplo de nacionalismo exacerbado, o slogan oficial do regime nazista liderado por Adolf Hitler na Alemanha era “Deutschland über alles” que significa “Alemanha acima de tudo”. A ideologia que resultou no holocausto matou milhões de pessoas em nome do nacionalismo alemão.

Uso da religião como forma de manipulação

Os fascistas tendem a utilizar a religião mais popular na região para manipular o povo. Na Itália, Mussolini, mesmo sendo ateu, incorporou o discurso religioso no seu governo para controlar as massas e se manter no poder.

Citações fascistas

“Felizmente para o governo, as pessoas que eles governam não pensam” – Adolf Hitler
“A imprensa da Itália é livre. Mais livre do que a imprensa de qualquer país, desde que ela apoie o regime” - Benito Mussolini
“Eu nunca conduzi um governo para as minorias e nunca conduzirei. Não é bom para a democracia” - Viktor Orbán

Fascista e nazista

Os adjetivos fascista e nazista estão relacionados, respectivamente, ao fascismo e ao nazismo, dois regimes políticos distintos, mas com valores e ideais idênticos.
Os ideais fascistas surgidos na Itália inspiraram o regime nazista alemão, que seguiu o mesmo modelo de governo, mantendo seus ideais, valores e características. Assim, é possível afirmar que todo nazista também é fascista.

Fascista ou facista?

Várias pessoas têm dúvidas em relações à ortografia desta palavra, especificamente entre facista e fascista. Como a palavra deriva do termo "fascismo", a forma correta é fascista e nunca facista, sendo que esta última não existe no dicionário.

Fonte: https://www.significados.com.br