A ÁGUIA E A VIDA CRISTÃ, UMA COMPARAÇÃO INTERESSANTE. PARTE FINAL.
13. Quebrantamento e renovação. Uma das características mais interessantes da águia é sua renovação. Davi expressou esta ideia no Salmo 103:5 “[...] Deus, é quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia”. Como se dá esse processo? A águia, quando começa a sentir que suas penas estão ficando velhas e enferrujadas, quando começa a perceber que o seu bico já não está tão afiado e forte; quando descobre que suas garras já estão enfraquecendo, toma uma medid
a drástica, quase traumática para sair deste quadro desolador. O que ela faz? A primeira coisa que a águia faz é interromper as suas atividades, ela não prossegue o seu trabalho, seus voos, sua casa, suas aventuras, fecha sua agenda e cancela os compromissos. Há momentos em que a melhor ação é ficar parado. Nem sempre é prudente avançar, Deus não está interessado em ativismo. Ele está mais interessado no que somos do que naquilo que fazemos. Trabalho sem vida é infrutífero. Ativismo sem santidade não agrada o coração de Deus., precisamos aprender com a águia. A segunda coisas que a águia faz é isolar-se nos altos dos penhascos, a águia é uma ave solitária, ela não voa em bandos sobretudo, quando está nesse processo de alta renovação, ela alça um voo altaneiro, galga as alturas mais excelsas e refugia-se no cume dos mais altos penhascos. Ali ela fica sozinha, isolada enfrentando a sua própria realidade. A terceira coisa que a águia faz é arrancar suas penas velhas: a águia ao chegar ao cume do penhasco, começa a arrancar com o bico uma a uma de suas penas. Não poupa a si mesma dessa dor intensa, as penas são todas arrancadas, seu corpo vai ficando desfigurado, a medida que ela aplica os seus golpes severos, sua medida é drástica, radical. Não há restauração sem reforma, antes de edificar e construir é preciso derrubar e demolir, antes da renovação vem o despojamento , antes do avivamento vem o quebrantamento. A águia, depois que acaba de arrancar todas as penas, fica num estado deplorável, seu corpo parece mutilado. Sua aparência fica desfigurada, contudo, depois de alguns dias, começam a nascerem penas novas, lindas e fortes; ela se renova. Tudo se faz novo. Ela ganha uma nova aparência.
14. A décima quarta coisa que a águia faz é esfregar o seu bico na rocha. A águia não arranca as penas velhas, mas quando percebe que o seu bico já está ficando fraco, impotente e cheio de crosta, ela o esfrega fortemente na rocha; esfrega-o até ficar em sangue vivo. Após este processo doloroso ela fica totalmente desfigurada, mas dias depois, cresce um bico novo forte como aço.
15. A décima quinta coisa que águia faz é bater suas garras na rocha. Nesse processo de renovação quando percebe que as suas garras estão fracas e impotentes, a águia as bate com força sobre a rocha, várias vezes até que aquela camada envelhecida e calosa seja arrancada, ficando em carne viva. Ela fica toda ensanguentada, sobre o flagelo de dores crudelíssimas . Todavia, após este processo de autoflagelação e quebrantamento, as garras começam a brotar com toda pujança e vigor, fortes como o ferro. Agora remoçada, revitalizada, ela desce das alturas para dar continuidade a sua vida e a suas atividades.
16. Meus filhos, meus discípulos. Uma das características mais interessantes da águia é o seu cuidado com os seus filhotes, certamente devemos olhar para a águia e aprender com ela como devemos cuidar da família, a águia não põe o ninho dos seus filhos perto dos predadores em lugares baixos e perigosos. A águia não expõe seus filhos a bestas feras, ela não os deixa em lugares vulneráveis. Pelo contrário, ela só faz o seus ninho no alto dos rochedos, no cume dos penhascos. Ela é zelosa em colocar o ninho dos seus filhos nas alturas.
17. A águia voeja sobre os seus filhos. “Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as suas asas, e, tomando-os, os leva sobre elas...” (Deuteronômio 32:11). Quando os filhotes da águia já estão grandes, na hora de sair do ninho, a águia então começa a voejar sobre o ninho mostrando-lhes como sair.
18. A águia tira a maciez do ninho e só deixa os espinhos. Quando a águia percebe que é hora de seus filhotes voarem e ainda assim eles continuam acomodados no ninho, a despeito de seu exemplo, ela decide remover do ninho toda a cobertura macia e deixa apenas os espinhos e os gravetos pontiagudos. Ela gera um desconforto para os filhos. Ela não deixa de amá-los por isso, mas prefere vê-los incomodados a ficarem acomodados no ninho. O conforto do ninho significa agora estagnação , imaturidade, inoperância e atrofiamento. A águia não hesita em aplicar esta lição aos filhos, ainda que uma lição dolorosa. Ela só não admite ver os filhos deitados em berço esplêndido, quando o mundo lá fora os espera para uma ação dinâmica e urgente.
19. A águia tira os filhos do ninho. É estonteante constatar que, mesmo afligidos com espinhos e alfinetados por farpas pontiagudas, os filhotes da águia ainda teimam em continuar no ninho. Esta mesma realidade é vista na Igreja hoje. Muitas vezes, Deus, ao ver o comodismo da igreja, envia sobre ela perseguição, remove dela todo o conforto, deixa-a sobre um tapete eivado de espinhos para que ela se desinstale de seu comodismo. Foi assim que Deus fez em Jerusalém. O avivamento estava em pleno vigor, multidões se convertiam, mas a igreja estava restrita a Jerusalém. O plano de Deus era que a igreja ultrapassasse aquela fronteira e fosse até os confins da terra.
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