Neemias era o copeiro do rei Artaxerxes, uma função de confiança, mas aceitou o desafio de
  1. Fortalecer a comunidade de Jerusalém, preparando-a para a reconstrução;
  2. Reorganizar o povo na terra e na cidade;
  3. Disciplinar o povo de volta às Escrituras e
  4. Corrigir eventuais abusos políticos, econômicos e religiosos.
Percepção das necessidades [1.1-4] :
Apesar de suas ocupações na corte ele não se desligou do seu povo e sua história, 
manteve sua identidade no meio da nova realidade [Ne 1.1-3]. 
Ele deseja corrigir o estado de miséria e desprezo dos israelitas que ficaram na sua terra: 
muralhas em ruinas, portas incendiadas e a cidade destruída, injustiça social, 
exploração dos judeus pelos próprios judeus, 
com desigualdade social, exploração, escravismo, sacerdotes e profetas corruptos.
 Há conflito de fé entre os judeus que não foram pro exílio, 
os que retornaram com Esdras e os não judeus. 
Havia uma tentativa de sincretismo por parte de uns e radicalismo por parte de outros, 
casamentos mistos, alianças por interesses econômicos.
Disposição para a obra [1.11; 2.1-6] : 
Neemias busca a presença de Deus, confessa seus pecados e 
reconhece o pecado de seu povo, pedindo ao Senhor que lhe dê “mercê perante o Rei”, 
numa atitude resoluta e tensa, e acaba conseguindo a liberação do rei para viajar, 
recomendações para que tivesse segurança e recursos materiais 
para a reedificação da cidade.
Avaliação do que precisa ser feito [2.11-15] : 
Neemias verifica o que deveria ser feito com prazo e recursos limitados. 
Precisa saber exatamente o que há a ser executado para conseguir realizar sua obra.
 Ele chega a Jerusalém sem um projeto, sem saber o que e como deveria fazer, 
mas faz um reconhecimento do terreno
para verificar a extensão da obra que tinha que realizar, 
cada etapa do trabalho precisava ser cuidadosamente definida.
Não desanimar apesar das dificuldades [2.14]: 
Neemias circunda a cidade à noite, 
examina os escombros mas olha para o que ele sabia ter sido, 
e para o que poderia ser. Identifica cada lugar pelo seu nome antigo sem 
perder a historia e sem disposição para deixar que Jerusalém virasse apenas historia. 
Conhecimento sem ação não resolve problema nenhum.
Rejeitar os descompromissados [2.10; 19-20]:
 É difícil para um líder definir a equipe de trabalho, 
escolhendo entre os que estão dispostos a fazer a obra e 
os que estão interessados apenas em “tomar parte”. 
É muito difícil analisar uma equipe e decidir afastar alguém. 
Neemias chega a dispensar líderes de grupos inteiros. 
Muitos estrategistas proporiam uma aliança com quem tinha dinheiro, 
influência familiar e religiosa.
Dividir as tarefas segundo a capacidade de cada um [3.1-32; 4.16-23]: 
Cada parte da obra foi entregue a um grupo específico. 
Neemias antecipa os princípios administrativos modernos, 
evitando a tendência centralizadora que leva os líderes a 
se desgastarem por não distribuírem tarefas, acompanhando a execução e 
verificando os resultados. Neemias continua, entretanto, 
dirigindo e identificando os relapsos na obra.
Não parar apesar da oposição [4.1-3]: 
Na Igreja muito atrapalha quem nada faz. 
Há mais especialistas em detectar falhas do que em dar sugestões. 
Os descompromissados poderão se tornar opositores e 
finalmente em inimigos que ameaçam o cabeça, Neemias, 
que não foge da batalha porque sabe que está fazendo a obra do Senhor dos exércitos.
Corrigir desvios pelo caminho [5.1-13]:
Neemias precisou resolver problemas econômicos, religiosos e sociais e
teve eu legislar sobre empréstimos e outras causas para reagrupar o
povo que havia sido deixado numa situação de desprezo e abandono e
ordena o fim dos casamentos com os povos circunvizinhos.
Confiar inteiramente em Deus [2.20; 6.15-16]: 
Neemias entrega-se totalmente nas mãos de Deus, 
pois ele tem em suas mãos todo o poder, todo o conhecimento. 
E o faz por saber que fazia a obra de Deus. 
Mesmo sem todos os recursos ele sabia que 
Deus não deixaria nada faltar para que a sua obra fosse completada.



Fonte: http://www.maisumdiscipulo.com